Revista Conexão - Edição 19 - page 11

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UnimedFederaçãoMinas
Paraonavegador
AmyrKlink, ser
bem-sucedidoéapenas
umaconsequênciado
trabalho realizadoa
partirdoenvolvimento
humanoeemocional
comaprofissão
Navegador, escritor e idealista. Amyr
Klink dispensa grandes apresentações.
Conhecidopor comandarmais de 15 ex-
pedições marítimas a bordo de embar-
cações construídaspor elepróprio, Amyr
já deu a volta aomundo, enfrentou tor-
renciais tempestadesepercorreumuitas
milhasemsuasviagenspelosoceanos.
Apaixãopelanavegaçãocomeçouem
Paraty (RJ), onde os bate-papos à beira-
mar sobre viagens e barcos transforma-
ram-seemnegóciode vida. Formadoem
EconomiapelaUniversidadedeSãoPaulo
(USP) e pós-graduado em Administra-
çãodeEmpresaspelaUniversidadeMac-
kenzie, elehojedirigeaAmyrKlinkPlane-
jamento e Pesquisa e a Amyr Klink Pro-
jetos Especiais, desenvolvendo planos
diretores urbanísticos para cidades cos-
teiras e construindo barcos. Ele também
é autor de cinco livros, dentre os quais
CemDias Entre o Céu
e
o
Mar e Mar sem Fim
integram a lista dos
mais vendidosnopaís.
Com uma bagagem
repleta de experiências, o capitão dos
mares temmuitoque contar, a começar
pela sua primeira travessia solitária a
remopeloAtlânticoSul, em1984, entre
o continente africano e oBrasil, em um
trajeto de 3.700 milhas. Nesta entre-
vista à
Revista Conexão
, ele defende a
ideia de que o planejamento de suas
viagens - assim como qualquer projeto
de vida - é apenas uma parte de sua
realização. Emsuaopinião, é fundamen-
tal, para o sucesso pessoal e profis-
sional, o apoio de uma equipe multi-
disciplinar e a compreensão de que,
às vezes, é precisomudar a rota e cor-
rer riscos.
Mesmo se formando em economia,
vocêdecidiuembarcaremumaexperiên-
cia inédita. De onde surgiu essa paixão
pela navegaçãoeacoragemdese lançar
nasexpediçõesmarítimas?
Trabalheiporseisanosemumbanco
privadoeconcluíque,mesmoalcançando
o posto máximo, não me sentiria reali-
zado. Larguei tudoe fuimorar emParaty,
ondeaminha família tinhaumacasa, para
fazer algo completamente diferente -
produção leiteira. Lá, estreitei o contato
comnavegadores que chegavam aoBra-
sil e fui me encantando pelo processo
de fazer umbarco, desenhar um roteiroe
depoisviajar.
Quais foram os principais desafios
nesseperíodo?Deondeveioamotivação
para prosseguir e concluir sua viagem
pelaAntártida?
Foiumprocessocomplicado.Nãotinha
tempo, conhecimentoe recursosparapla-
nejar umaexpedição. Corri atrásde forne-
cedoreseabriumescritório.Não imaginava
queseriaprotagonistadesseprocesso,mas
resolvime lançarnele.Derepente, jáestava
estudandosobreasviagensemergulhado
nessemeio. Faltademotivaçãonãoexiste
paraviajar.Por isso, fizdeminhacuriosidade
umaprofissão. Tambémmeapeguei àex-
periênciaque teriaapóso retornoepassei
atrabalhardiaapósdia.
Nodia adia, é comumnos deparar-
mos com situaçõesdifíceis. Essas expe-
riências contribuíram para agir melhor
diantedeacontecimentosemalto-mar?
Em diversas situações da vida, nos
deparamos com um conjunto complexo
dedesafios. Aspessoas ficam impressio-
nadascoma ideiadeseviajaremummar
comondasacimade15metrosdealtura.
Mas, na nossa rotina, também enfrenta-
mos muitas turbulências. Em qualquer
projeto a que nos lançarmos, o envolvi-
mento deve ser emocional e não focado
apenas no resultado. Assim, os desafios
sãogratificantes, poisacompensaçãode
superá-loéaindamaior.
AAntártida foi umadas rotasdeexpedição
doaventureiroAmyrKlink
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