Revista Ampla Edição 34 | Unimed Paraná - page 26

auditado
ma r l u s v o l n e y d e mo r a i s -
g e r e n t e - mé d i c o d a u n i me d pa r a n á
1.Brasil.MinistériodaSaúde.Secretaria-Executiva.ÁreadeEconomiadaSaúdeeDesenvolvimento.
Avaliaçãoeconômicaemsaúde:desafiosparagestãonoSistemaÚnicodeSaúde/Ministérioda
Saúde,Secretaria-Executiva,ÁreadeEconomiadaSaúdeeDesenvolvimento.-Brasília:Editorado
MinistériodaSaúde,2008.
2.SACKETT,D.L.etal.Evidence-basedmedicine:howtopracticeand
teachEBM.2.ed.Edinburgh:ChurchillLivingstone,2000.
3.http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/sctie/conitec
4.www.projetodiretrizes.org.br
5.Verwww.ans.gov.brpesquisandoporregulaçãoouauditoria.
6.Verwww.portalmedico.org.br
mb e
a r t i g o
26
a m p l a
REFERÊNCIAS
?
Em comemoração ao sucesso do
9º. Congresso de Auditoria do Sistema
Unimed, realizado no final de agosto em
Curitiba, que contou com a presença de
mais de 600 inscritos de todo o país,
retomamos o tema auditoria em saúde.
Ainda hoje, a menção do termo
auditoria traz, culturalmente, a antevi-
são de fiscalização e crítica à atividade
auditada. Auditoria (do latim
audit
=
ouvir) é muito mais que apenas ouvir
ou fiscalizar.
Os papéis que uma auditoria
proativa exerce vão desde a identificação
de possíveis falhas em um processo
ou conduta, até o auxílio e proposição
fundamentada de mudanças na
execução de tarefas e procedimentos.
Há uma porção fiscalizadora na
auditoria? Há.
Há uma porção consultora na audi-
toria? Há.
Há uma porção econômico-finan-
ceira na auditoria? Há.
Há uma porção gestora na audito-
ria? Há.
Essa miscelânea de papéis torna
a auditoria, em geral, uma atividade
complexa, rica em conhecimentos que
precisam ser adquiridos por quem a
exerce, e que busca agregar mais quali-
dade ao serviço ou produto ofertado.
As profissões do segmento Saúde
são essencialmente prestadoras de
serviços. Empregam produtos com tec-
nologia cada vez mais complexa, e têm,
por fundamento, oferecer qualidade às
pessoas que buscam esses serviços.
Tanto profissionais como instituições
que atuam e crescem no segmento são
"auditores de si mesmos", na medida
em que verificam, analisam e produzem
melhorias contínuas nos seus serviços.
Seria falso afirmar que um profis-
sional, ou um serviço de saúde, não
busca reconhecimento, seja satisfação
pessoal ou remuneração pecuniária. Ao
envolvermos a questão financiamento,
a fonte pagadora, própria ou terceira,
participa do processo de oferta do
serviço e passa a ter papel relevante na
busca da qualidade.
Os estudos atuais, objetivando qua-
lidade em saúde, propõem conceitos
que relacionam à qualidade do serviço
prestado ao seu financiamento; os
estudos de economia da saúde condu-
zem a indicadores variados, tais como:
análise de custo-benefício, análise de
custo-efetividade, análise de custo-uti-
lidade, os quais buscam estabelecer
as consequências e efeitos na saúde
do indivíduo e da população exposta
aos cuidados. Os desfechos clínicos e
a qualidade de vida, no que se refere à
saúde, são medidos por instrumentos
específicos e possibilitam estabelecer
critérios para oferecer opções de inter-
venções à saúde mais adequadas.
A definição de protocolos e diretri-
zes, fundados em Medicina Baseada
em Evidências, muito utilizados hoje
por órgãos oficiais como a CONITEC
(Comissão Nacional de Incorporação de
Tecnologias) do Ministério da Saúde
e também pelo projeto diretrizes da
AMB/CFM ajudam a manter qualidade
aos serviços de saúde no país.
A Lei n.
o
9.656/98 estabelece
que as operadoras de plano de saúde
podem fazer regulação da oferta de
serviços de saúde e dela derivaram
e derivam Resoluções Normativas,
produzidas pela Agência Nacional de
Saúde Suplementar, que definem como
a Lei pode e deve ser aplicada. Poderí-
amos acrescentar o Código de Defesa
do Consumidor (Lei n.
o
8.078/90) que
também rege a prestação de serviços.
O Conselho Federal de Medicina,
por meio da resolução 1.614/2001 e
do Código de Ética Médica (resolu-
ção 1931/09), estabelece as bases do
relacionamento entre os serviços de
auditoria e os médicos assistentes, que
são particularizadas, de acordo com as
várias possibilidades de serviços, por
outros normativos e que visam a obter
os melhores recursos terapêuticos.
Depreende-se de todas essas
normas e da quantidade de órgãos e
instituições envolvidos na auditoria em
saúde, que há uma preocupação cons-
tante com a segurança e qualidade dos
serviços oferecidos.
Para responder à pergunta-título,
diríamos que, todos aqueles que
desejam prestar serviço de saúde com
qualidade a quem os procura, gos-
tam de participar de um processo de
auditoria que resulte em promoção ou
recuperação sustentável das condições
de saúde e da qualidade de vida ao
objeto do nosso trabalho, que são as
pessoas, especialmente as que tenham
necessidades em saúde.
jul/ago/set 2014
Há quemgoste de ser
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