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Pensar Unimed

| Outubro de 2016

Fazer cinema é fazer conta-

to massivo, expressar ideias,

colocar na tela coisas que

jamais expressaríamos ver-

balmente, e essa linguagem

está muito longe das esco-

las”, avaliou o cineasta.

Partindo da mesma ideia

de cinema como plataforma

de ideias, Paulo Nascimento

definiu que “contar histórias

parte da nossa ética e do que

acreditamos”. Para ele, um

cineasta sempre está proje-

tando na tela algo que parte

dos seus próprios valores e

que, por isso, fazer cinema é

colocar o espectador em um

confronto com ele próprio.

“Não deixa de ser uma pro-

vocação e sabemos como é

difícil esse confronto com

nós mesmos e ver na tela

um pouco de nós. Temos

uma grande incapacidade de

aceitar o que os outros pen-

sam, mas, quando fazemos

um filme, estamos sempre

contando uma história nossa,

só que de forma diferente”. Já

Jayme Monjardim comple-

mentou a fala dos colegas,

colocando tais reflexões sob

a luz do que pode ser feito,

na prática, em relação a elas

no atual cenário brasileiro.

“Vivemos um momento em

que precisamos parar, sentir

e pensar em como traduzir

e reagir. É questão de segun-

dos até sabermos de muitas

outras informações. Por isso,

como contador de histórias,

o que mais quero é refletir

sobre como vou poder dei-

xar registrado, na tela, o que

eu gostaria de mudar e sobre

como posso ajudar as pesso-

as a enfrentar certas coisas. A

emoção é uma grande ferra-

menta de mudança”, avaliou

o paulista.

“A emoção é uma

grande ferramenta de

mudança”

CAPA

Mais de

mil pessoas

dispostas a ouvir

e pensar sobre

ética, lotaram

o Teatro do

Bourbon Country