MANUAL DE USO RACIONAL DE MEDICAÇÃO BIOLÓGICA

Asma grave não eosinofílica Endotipo asma T2 baixo possui em geral início tardio, muito sintomática, sem atopia, associada a obesidade e má resposta aos corticoides. O padrão pode ser neutrofílico ou paucigranulocítico. A asma neutrofílica é comprovada pelo EI em mais de uma ocasião, confirmando ausência de eosinófilos e neutrofilia (≥ 40-70%), associada a infecções bacterianas persistentes de vias aéreas, micobacteriose, fibrose cística, discinesia ciliar primária, imunodeficiência primária, tabagismo e DPOC. A asma paucigranulocítica é rara, feito pelo EI comprovando ausência de eosinófilos e neutrófilos. Asma grave eosinofílica alérgica Tem início na infância ou adolescência e está associada a outras doenças alérgicas atópicas, como eczema e rinite alérgica e há história familiar positiva. A comprovação do fenótipo é feita com os critérios abaixo: • Eosinófilos sanguíneos ≥ 150 células/µL, ou eosinófilos no escarro ≥ 2%; • IgE específica positiva ou teste cutâneo de leitura imediata positivo. Para o diagnóstico de asma eosinofílica refratária grave considera-se os critérios abaixo: Contagem de eosinófilos ≥ 300 células/µL E 3-4 exacerbações graves, que necessitaram tratamento com corticoides ou tratamento contínuo com altas doses de corticoides inalatórios (≥ 1.600 mcg/d de budesonida ou equivalente) associado a LABA no mesmo dispositivo + corticoide oral com dose equivalente a 5mg dia de prednisolona nos últimos 6 meses (ou tiotrópio ou antileucotrieno no lugar de corticoide). 111

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