MANUAL DE USO RACIONAL DE MEDICAÇÃO BIOLÓGICA

A AP é uma doença do grupo das espondiloartrites, sendo possível a apresentação de pelo menos cinco formas clínicas, que incluem psoríase, doença articular, periférica, doença axial (coluna vertebral e sacroilíaca), entesite e dactilite. É caracterizada por dor, rigidez e inflamação das articulações, ligamentos e tendões, sendo associada à psoríase. No Brasil, é a segunda espondiloartrite mais frequente. Pode se desenvolver em qualquer idade, mas é mais comum entre 30 e 50 anos. É uma condição progressiva, com apresentação clínica heterogênea, que varia desde sinovite leve à artropatia erosiva severa. Aumenta o risco de desenvolvimento de várias comorbidades, tais como doença cardiovascular, diabetes, obesidade, osteoporose, doença inflamatória intestinal etc. O diagnóstico é baseado no reconhecimento de características clínicas e de imagem, não existem exames específicos. A erosão óssea e cartilaginosa, com formação de pontes ósseas nas articulações interfalângicas são achados característicos de AP, assim como as calcificações paravertebrais, formação óssea justa-articular de deformidades do tipo lápis- -na-xícara. O teste do fator reumatoide é negativo, e VHS e PCR estão aumentados. Pode apresentar manifestações periféricas ou axiais, subdividida em cinco formas clínicas e, embora nos estágios iniciais essas formas possam ser distinguidas, há considerável sobreposição entre elas e a maioria dos pacientes acaba por evoluir para forma poliarticular. Artrite periférica Caracterizada por dor e aumento de partes moles ou derrame articular em articulações periféricas ou alterações radiológicas, independente do exame de imagem. Compreende cinco subtipos clássicos de acometimento: Oligoarticular ≤ 4 articulações acometidas Poliarticular ≥ 5 articulações acometidas Distal interfalangianas das mãos e/ou pés Artrite mutilante com reabsorção acentuada - osteólise Axial Uveíte 57

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