MANUAL DE USO RACIONAL DE MEDICAÇÃO BIOLÓGICA

O infliximabe não foi incorporado para o tratamento de psoríase moderada a grave pelo SUS em 2018. Ele não é mencionado no fluxo de tratamento com medicação biológica no PCDT atualizado em 2021. No documento de incorporação, é relatado que o infliximabe parece ter taxas de resposta mais rápidas, sendo boa opção para psoríase eritrodérmica e psoríase generalizada de Von Zumbusch, pois nesses casos há evolução mais agressiva e maior mortalidade, porém com a desvantagem de administração via EV e ter perfil de segurança inferior aos outro biológicos, sendo mais associado a quadros eczematosos, reações infusionais, desenvolvimento lúpus like e reativação de tuberculose. Verifica-se, também, alta taxa de desenvolvimento de anticorpos antidroga, que pode levar à redução da eficácia ao longo do tempo. O ixequizumabe foi avaliado pelo Conitec para pacientes com psoríase moderada a grave, com falha terapêutica ou intolerância ao adalimumabe e não foi recomendada sua incorporação, pois sua efetividade é inferior aos tratamentos já disponíveis no SUS. Uma resposta adequada é definida como: redução de 75% no escore PASI a partir do início do tratamento (PASI 75) ou uma redução de 50% no escore PASI (PASI50) e uma redução de cinco pontos no DLQI a partir do início do tratamento. O PASI 75 é alcançado em até 60% dos pacientes em uso de metotrexato, com até 16 semanas de uso. O PASI 75 é alcançado em até 70% dos pacientes em uso de ciclosporina, com até 12 semanas de uso. A ciclosporina pode ser associada ao metotrexato, aumentando a eficácia e minimizando os eventos adversos. Em caso de falha nas medicações de primeira linha, as medicações biológicas estão indicadas. O PASI 75 é esperado na semana 16 com adalimumabe, na semana 12 com etanercepte e com ustequinumabe e secuquinumabe. 74

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