MANUAL DE USO RACIONAL DE MEDICAÇÃO BIOLÓGICA

ESCORE IADC IHB Remissão clínica < 150 ≤ 4 Doença de Crohn leve 150 a 220 5 a 7 Doença de Crohn moderada a grave 220 a 450 ≥ 8 Doença de Crohn fulminante > 450 > 8 O objetivo do tratamento é induzir a remissão no menor tempo e manter a remissão pelo maior período. A identificação tardia da condição, ainda que em fase assintomática, resulta em pior prognóstico. Estratificar os pacientes conforme os fatores de risco prognósticos e individualizar a terapia podem ser passos cruciais para otimizar a manutenção em remissão, mas não existe, até o momento, evidências de alta qualidade que deem suporte para essa abordagem. O tratamento clínico é feito com aminossalicilatos, corticosteroides, antibióticos e imunossupressores, e objetiva a indução da remissão clínica, melhora da qualidade de vida e, após, manutenção da remissão. O tratamento cirúrgico é necessário para tratar obstruções, complicações supurativas e doença refratária ao tratamento medicamentoso. Os pacientes tabagistas com DC devem receber orientação para parar de fumar, corrigir deficiências nutricionais, monitorar eventos adversos e da medicação, manter esquema vacinal, manter vigilância para osteoporose e evitar o uso de anti-inflamatórios não esteroides, pois segundo dados de literatura, podem agravar as manifestações da doença. A escolha da medicação é feita conforme localização, grau de atividade da doença, severidade, resposta à terapia prévia e presença de complicações. Além disso, fatores de risco individuais para progressão e complicações, características individuais dos pacientes e custo-efetividade da medicação devem ser consideradas. Os medicamentos sulfassalazina, mesalazina e antibióticos não têm ação uniforme ao longo do trato gastrointestinal, enquanto corticosteroides, imunossupressores e terapias anti-TNF parecem ter uma ação mais constante em todos os segmentos gastrointestinais: 83

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