Revista Unimed BR - N°7/Ano 3 - page 54

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REVISTA UNIMED BR . N
o
07 . Ano 3 . Agosto | 2013
PELO MUNDO
Estudo feito pelo CentroMédico Erasmus, na Universida-
de de Roterdã (Holanda), comprovou que um fio de cabe-
lo pode revelar o risco de desenvolver doenças cardíacas.
O hormônio do estresse (cortisol) pode ser identificado a
fundo pelos fios dos cabelos. Já pela via sanguínea revela
apenas o que está acontecendo no momento.
Para terem essa comprovação os cientistas analisaram
283 idosos (entre 65 e 85 anos). Por meio de amostras
de cabelo de três centímetros de comprimento, tiradas
de perto do couro cabeludo, conseguirammedir os níveis
de cortisol em um período de três meses. Pessoas com
altas quantidades erammais propensas a ter histórico de
doença cardíaca, acidente vascular cerebral, insuficiência
arterial periférica ou diabetes.
Segundo a cientista Elisabeth van Rossum, "estudos adi-
cionais são necessários para explorar o papel da medição
de cortisol em longo prazo como forma de predizer do-
ença cardiovascular e como ele pode ser usado para in-
formar o novo tratamento ou estratégias de prevenção".
Estudos anteriores apontaram que a análise do cabelo
também possibilitava diagnosticar alergias a alimentos
e deficiências minerais.
A comunidade médica comemorou o anúncio de que os
Estados Unidos investirão US$ 100 milhões no programa
científico Brain, cujo objetivo é estudar o cérebro e sua
centena de trilhões de conexões.
Mapeando essas conexões, os neurocientistas querem
avançar nas pesquisas sobre esquizofrenia, autismo,
doença de Parkinson e Alzheimer. Esse interesse norte-
-americano justifica-se também pelo plano de tratar
melhor os veteranos de guerra, que frequentemente
voltam para o país com danos mentais.
Em princípio, nanopartículas serão inseridas no cérebro
de cobaias animais e há previsão de que em dez anos
será reconstruída toda a atividade neural, por exemplo,
de um camundongo.
Estudo realizado por cientistas do Albert Einstein Colle-
ge of Medicine, em Nova York (Estados Unidos), aponta
que a atividade de uma molécula no hipotálamo (região
do cérebro) é responsável por sinalizar o começo do en-
velhecimento. A pesquisa foi publicada na revista espe-
cializada Nature. A descoberta pode levar a novos trata-
mentos para doenças envolvendo a velhice.
A equipe do fisiólogo Dongsheng Cai monitorou, no cé-
rebro de ratos, a atividade da NF-kB, molécula que con-
trola a transcrição de DNA e é relacionada a inflamações
e à reação do corpo a situações de estresse. Os cientistas
descobriram que a molécula torna-se mais ativa no hipo-
tálamo conforme o rato fica mais velho.
Quando injetada nos animais substância que inibe a ação
da NF-kB, os ratos viviam mais, tinham mais sucesso em
testes de cognição e movimento e mostraram menor
declínio em força muscular, espessura de pele e massa
óssea. Já os ratos que receberam a substância que esti-
mulava a atividade da molécula morriam mais cedo.
"Nós oferecemos evidências científicas para o conceito
de que o envelhecimento sistêmico é influenciado por
um tecido particular no corpo", disse Cai. Manipulando o
hipotálamo, ele conseguiu aumentar a longevidade dos
ratos em 20%. E admitiu que o mesmo tratamento pode
funcionar em humanos.
Projeto Brain,
financiado pelos EUA, estudará
cérebro para curar doenças
Estudo holandês
comprova que fio de cabelo
pode revelar doenças cardíacas
Estudo nos EUA
decifra o processo de
envelhecimento
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