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REVISTA UNIMED BR • N

o

26 • Ano 6 • Dez 2016 | Jan 2017

Isso acontece, pois o Progra-

ma é um retrato da operadora

relativo a um ano de atividade.

Com ele, é possível verificar o

desempenho conforme quatro

dimensões, que impactam dire-

ta e indiretamente na qualidade

da assistência. São elas:

Qualidade em atenção à saúde:

avaliação do conjunto de ações

em saúde que contribuem para

o atendimento das necessidades

dos beneficiários, com ênfase em

ações de promoção, prevenção e

assistência à saúde prestada.

Garantia de acesso:

condições

relacionadas à rede assistencial

que possibilitam a garantia de

acesso, abrangendo a oferta de

rede de prestadores.

Sustentabilidade no mercado:

monitoramento de sustentabili-

dade da operadora, considerando

seu equilíbrio econômico-finan-

ceiro, passando pela satisfação

do beneficiário e compromissos

com prestadores.

NO ALVO

Gestão de processos e regulação:

afere o cumprimento das obri-

gações técnicas e cadastrais das

operadoras com a ANS.

As operadoras commelhor com-

portamento são aquelas que

atingem o maior índice no soma-

tório dessas quatro dimensões. E

o que uma cooperativa Unimed

pode fazer para melhorar seu de-

sempenho no Programa?

“Inicialmente, a operadora deve

conhecer plenamente os indi-

cadores que compõem o IDSS.

A partir de então, voltar suas

ações, na medida do possível, para

que seus resultados sejam detec-

tados e refletidos em cada uma

das dimensões avaliadas pelo ór-

gão regulador”, afirma Daniel In-

fante Januzzi de Carvalho, advo-

gado da área de Regulamentação

de Planos de Saúde da Unimed do

Brasil, acrescentando ser neces-

sário, também, que as operadoras

monitorem as informações pres-

tadas à ANS, pois delas são extraí-

dos dados que integram o Índice.

Para o gerente atuarial da Confe-

deração, Saulo Lacerda, “as coo-

perativas devem ter seus dados

estruturados para extrair infor-

mações de forma hábil e, tam-

bém, se antecipar em ações para

a melhoria de seu desempenho,

principalmente nos indicadores

que avaliama prevenção à saúde.”

A diretora da ANS, por sua vez,

informa que as principais práticas

de uma operadora que impactam

positivamente em sua perfor-

mance são: o desenvolvimento

de ações de promoção, prevenção

e assistência à saúde; a sensibi-

lização dos prestadores sobre a

importância do processo de qua-

lificação da assistência básica; a

manutenção e o aprimoramento

das condições relacionadas à re-

de assistencial; a resolução ágil

das reclamações dos consumi-

dores registradas na ANS e in-

termediadas pela Notificação de

Investigação Preliminar (NIP); a

regularidade do envio de dados

e informações à ANS; o aumen-

to do número de prestadores de

serviços de saúde com registro

no Cadastro Nacional de Estabe-

lecimentos de Saúde (CNES); e a

melhoria da qualidade de infor-

mação da rede de prestadores de

serviços de saúde no CNES.

“A operadora deve buscar me-

lhorar em todos os indicadores,

tendo como princípios a quali-

dade, a integralidade e a resolu-

tividade da assistência em saúde.

Em síntese, ela deve atuar como

gestora de saúde, incentivar os

prestadores a agirem como pro-

dutores do cuidado de saúde,

estimular os beneficiários a se-

rem usuários de serviços de saú-

de, com consciência sanitária, e

aprimorar a sua capacidade re-

gulatória”, argumenta Martha.

Segundo ela, as características

das operadoras com melhor de-

sempenho são aquelas que con-

tribuem para o atendimento

das necessidades de saúde dos

beneficiários, com ênfase nas

ações de promoção, prevenção e

assistência, no que diz respeito à

dimensão qualidade em atenção

à saúde. “No tocante à dimensão

garantia de acesso, são as ope-

radoras que asseguram o acesso

oportuno e a oferta de rede ade-

quada de consultórios, hospitais,

ambulatórios, laboratórios e cen-

tros diagnósticos. Já em relação

à dimensão sustentabilidade, são

as empresas que mantêm em dia

as obrigações financeiras com

seus prestadores para o atendi-

mento de qualidade e de forma

contínua aos seus beneficiários,

além de garantirem a satisfação

dos beneficiários com os serviços

Martha Oliveira, diretora de

Desenvolvimento Setorial da ANS