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Especialista em Oftalmologia da Unimed Paranaguá fala sobre o Pterígio

O Dr. Sérgio Miziara Borges é graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Pós-Graduado - Residência Médica pela Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA). Recebeu o Título de Especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Também é membro da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato (SOBLEC) e da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR/BRASCRS).
Texto: Comunicação e Marketing — Unimed Paranaguá
        07 de dezembro, 2020

O que é o Pterígio

O pterígio é uma lesão da conjuntiva ocular muito prevalente nas regiões tropicais. É descrito como uma invasão da conjuntiva bulbar modificada sobre a córnea (parte transparente dos nossos olhos). Seu nome se origina do grego e quer dizer pequena asa referindo-se ao tipo de crescimento que se assemelha a uma asa.

Muitas pessoas confundem o pterígio com a catarata. Uma das diferenças desta em relação ao pterígio seria o fato de ele se encontrar na superfície dos nossos olhos, visível a olho nu, assemelhando-se a uma “carninha crescida” sendo que a catarata acomete o cristalino que fica dentro dos olhos, sendo dificilmente visível sem aparelhos oftalmológicos específicos.

Muitas teorias tem sido propostas em relação a origem do pterígio, mas sabe-se que fatores como exposição à luz solar excessiva sem proteção, o ato de coçar os olhos, olho seco e outros fatores que contribuem para a irritação ocular podem predispor ao crescimento do pterígio.

Costumo falar para meus pacientes evitarem qualquer condição que predisponha a vermelhidão dos olhos.  O hábito de dormir até mais tarde, dirigir por longos períodos sem descanso, ficar usando o computador por várias horas são atividades comuns que podem levar ao ressecamento ocular naquele instante deixando o olho vermelho podendo contribuir para o crescimento do Pterígio. Qualquer atividade que demande muita atenção pode fazer com que pisquemos menos e desta forma nosso olho passa a estar menos lubrificado.

Irritantes ambientais, ventos, fumaças, cigarro, exposição a água salgada do mar sem proteção também são outros fatores que podem contribuir para o crescimento do pterígio.

Sintomas de olho seco como vermelhidão, irritação e visão turva são comuns no pterígio, além de coceira e ardência. Pode estar associado a outras patologias como blefarites e conjuntivite alérgica, entre outras.

A prevenção do aparecimento ou progressão pode ser obtida com uso de óculos solares com proteção ultravioleta, chapéus de abas largas, evitando coçar os olhos e não expondo os mesmos a micro traumas e irritações constantes

O objetivo final do tratamento do pterígio é restaurar a anatomia a função e a estética da superfície ocular e aliviar os sintomas associados.

O uso de colírios lubrificantes e o controle de patologias associadas como blefarites, conjuntivite alérgica e olho seco podem evitar a progressão do pterígio.

A retirada do pterígio por meio cirúrgico é a principal forma de restaurar anatomia dos olhos. Mas é muito importante deixar claro que quanto mais novo for o paciente que se submete a cirurgia maior é a chance de recorrência do pterígio. 

As técnicas cirúrgicas mais antigas da cirurgia deixavam o olho muito doloroso nos dias seguintes à cirurgia. Hoje em dia, técnicas mais modernas, que não usam pontos cirúrgicos, melhoraram bastante a dor e a inflamação pós-operatória, deixando a recuperação mais rápida.