Notícias


Vamos falar sobre a hanseníase?

        01 de fevereiro, 2023


¿¿¿¿¿¿¿
Notou alguma mancha de cor esbranquiçada, amarronzada ou avermelhada na pele? Fique atento! Pois pode ser hanseníase.

Talvez você nunca tenha ouvido falar sobre essa doença ou acredita que ela é de outros tempos, mas a hanseníase ainda acomete muitos brasileiros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país em números de casos da doença.

Os dados são alarmantes, não é mesmo? Historicamente discriminada, a conscientização sobre a Hanseníase é muito importante, por isso vamos conhecer um pouco mais sobre a doença.

O que é hanseníase

A hanseníase é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. De evolução lenta, ela atinge predominantemente a pele, mas pode afetar as mucosas e nervos periféricos, como olhos, mãos e pés.

A transmissão da doença ocorre através das vias aéreas, do contato com secreções nasais ou gotículas de saliva eliminadas na fala, espirro ou tosse. Para o contágio, é necessário um longo período de exposição à bactéria, mantendo uma convivência prolongada e próxima com a pessoa infectada sem tratamento. Mas vale lembrar que, mesmo exposto à doença, nem todos a desenvolve.

Sintomas

A hanseníase apresenta um longo período de incubação, com isso, seus sintomas podem demorar a aparecer, podendo manifestar-se depois de meses ou até anos.

De forma geral e dependendo do estágio da doença, alguns dos sintomas da hanseníase são:
• Manchas brancas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, com alteração na sensibilidade à temperatura, dor e tátil;
• Comprometimento da força muscular;
• Pele ressecada;
• Fisgadas, formigamento ou dormência nos braços, pernas, mãos e pés;
• Nódulos no corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos;
• Perda de pelos e diminuição do suor em algumas áreas;
• Irritação (sensação de ressecamento) dos olhos.

Importante destacar que cada organismo reage de uma forma à infecção e os sintomas podem variar.

Classificação da hanseníase

Agora, vamos conhecer as quatro formas clínicas da hanseníase. Essa classificação é feita de acordo com a quantidade de bacilos (bactérias) presentes e a progressão da doença. Assim, ela é classificada como:

• Paucibacilar (com poucos bacilos)
• Hanseníase Indeterminada: corresponde à fase inicial da doença. Apresenta única ou poucas manchas na pele, de cor mais clara e sem contornos definidos, bem como diminuição da sensibilidade.
• Hanseníase Tuberculoide: também apresenta única ou poucas manchas, mas de contornos definidos um pouco elevados e ausência de sensibilidade. Nesse caso, podem ocorrer alterações nos nervos próximos à lesão.

• Multibacilar (com muitos bacilos)
• Hanseníase Borderline ou Dimorfa: o número de manchas é maior, atingindo grande parte do corpo e com comprometimento dos nervos.
• Hanseníase Virchowiana: corresponde ao quadro mais grave da doença. Nessa fase, já há dificuldade na identificação da pele sadia e da danificada, podendo também ocorrer nódulos e o comprometimento de outras partes do corpo.


Diagnóstico e tratamento

Em um primeiro momento, o diagnóstico da hanseníase é realizado através de exame físico e dermatoneurológico (inspeção da pele e nervos periféricos). Caso necessário, é realizada a baciloscopia (coleta da serosidade cutânea) ou biópsia da lesão.

A boa notícia é que a hanseníase tem cura quando diagnosticada precocemente. Quanto antes detectada, mais fácil e rápido será o tratamento. É importante não negligenciar a doença, pois quando não tratada, ela pode causar lesões severas e irreversíveis.

Prevenção

Afinal, há como prevenir a hanseníase?

Não há comportamentos específicos a serem adotados a fim de evitar a hanseníase. Como o desenvolvimento da doença depende de cada organismo, mantê-lo saudável e praticar bons hábitos de higiene podem dificultar a sua evolução e adoecimento. Mas a melhor forma de prevenção é o conhecimento e a busca imediata por ajuda médica, pois assim que inicia o tratamento, a pessoa infectada deixa de transmiti-la.

Sempre falamos aqui sobre a importância do autocuidado e observar o próprio corpo, e com a hanseníase não é diferente. Assim, percebendo alguma alteração, não ignore e procure ajuda.

Categorias


Curta nossa página