Vem viver - 2 Edição - page 56

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MaIO2014
asaúdetemsoluÇÃo
PorM
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AsAúdePrivAdABrAsileirA
enfrentagran-
des desafios diários, como a inflação damedicina
e o envelhecimento da população (sujeita a mais
doenças crônicas, em função da idade), mas vai
bem melhor do que pode parecer, para quem
acompanha a repercussão de problemas localiza-
dosdeatendimento.
No Índice de desenvolvimento da Saúde Su-
plementar (IdSS) mais recente, divulgado em de-
zembro do ano passado pela agência Nacional de
Saúde Suplementar (aNS), uma das constatações
foi que 74% dos beneficiários são atendidos por
operadoras comdesempenhobomoumuitobom.
Parte expressiva das reclamações dos usuários,
que ganham as manchetes, se refere a serviços
nãocobertospeloscontratos.
a insatisfação decorre, também, do alto nível de
regulação do mercado. as operadoras prestam
contas àaNS, que controla sua situaçãofinanceira,
atendimentos, rede de clínicas, hospitais e labora-
tórios. a agência determina, ainda, opercentual de
reajusteanual dosplanosdepessoa física.
Para atender aos clientes, as cooperativas, as
seguradoras e as operadoras investem R$ 6 de
cadaR$ 10quebancam a saúdenoBrasil. Ou seja,
60%do total, apesar deoSistemaúnicodeSaúde
(SUS) atender a um público potencial de 200mi-
lhõesdepessoas, quatrovezesonúmerodeusuá-
riosdosplanosdesaúde.
Cabem, aqui, algumas comparações interna-
cionais. No país mais rico do mundo, os estados
Unidos, nãohá coberturapúblicauniversal de saú-
de, somente programas para grupos específicos,
como idosos, cidadãos de baixa renda e veteranos
de guerra. a propósito, nenhum país tem atendi-
mento geral e gratuito paramais de 100milhões
depessoas, comoéocasodoSUS.
Maior sistemade saúdeprivadanoBrasil, aUni-
med, formado por 109 mil médicos cooperados,
tem quase 20 milhões de beneficiários. Um dos
líderes no mercado norte-americano é o grupo
Kaiser Permanente, com 8,9 milhões de clientes.
Bupa, amaior seguradora de saúde do ReinoUni-
do, tem14milhõesdeassociados.
as discussões sobre a qualidade da saúde
pública e privada não são exclusividade nos-
sa. Ocorrem, por exemplo, no Reino Unido,
em relação ao National Health Service (NHS),
criado em 1948 e considerado um dos me-
lhoresdoplaneta.
O NHS emprega 1,3 milhões de pessoas e
atende a um milhão de pacientes a cada 36
horas. Também lá, os usuários reclamam das
longasfilasedaescassezde recursos.
Se avaliarmos, então, a medicina pública e
privada do Brasil sem paixão política, nem a
emoção explicável pela doença, nosso hori-
zonteépositivo.
Temos, evidentemente, de adotar novas for-
masdegestãoedeunir iniciativaprivadaego-
vernosparaaperfeiçoaroatendimento. Há, ain-
da, que aumentar a remuneração dosmédicos
e ampliar o acesso da nova classe média aos
planosde saúde. assim, reduziremos apressão
sobre o SUS, que poderá melhorar o atendi-
mento às pessoas de baixa renda. Nossa saú-
de tem solução, se houvermenos preconceito,
maisbomsensoe trabalhoconjunto.
jEito
UNimEd
JUNHO2014
1...,46,47,48,49,50,51,52,53,54,55 57,58,59,60
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