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JUNHO2014
de Controle de Zoonoses, o Cãominha-
da promove passeios com cachorros que
aguardam adoção. o objetivo é tirar o
bichinho do canil e promover o contato
coma ruaeoutraspessoas.
no primeiro dia, ela sentiu medo. "As-
sisti a uma palestra orientativa e tive re-
ceio de fazer algo errado e prejudicar os
cachorros.Masbastou a volta inicial para
me sentir apta. Foi demais ver aqueles
olhares carentes, que trocam o caminhar
poraconchegoecarinho", conta.
viviani ficou tão encantada que criou
o blog Cãominhada para divulgar o pro-
jeto, promover a adoção dos bichinhos e
postar artigos ligadosàcausaanimal. Até
o pai dela está envolvido. por ter proble-
mas de saúde, ele não pode passear com
os cães, mas faz questão de cortar tiras
de jornais para servir de cama e abrigo
aospeludos.
Como o prédio em quemora não acei-
ta cachorros, a coordenadora resolveu
adotar o gato Mike. "Tinha receio por
nunca ter tido um gato, masme apaixo-
nei de caraenovemesesdepoisbusquei
outragatinha, aSharon", comenta. Satis-
feita com o trabalho que realiza, viviani
quer se dedicar exclusivamente ao Cão-
minhada, mas tem um grande sonho: ter
umsítioparaabrigar várioscachorros.
o analista financeiroAndré LuizMoura
Chiaramonte recolhe animais abandona-
dos e promove campanhas para encon-
trar possíveis donos. Sempre que pode,
ajudaasongsCãosemDonoeAdoteum
gatinho - tanto financeiramente como
emmutirões. Emcasa, tem trêscachorros
ecincogatos, todos resgatados.
A quantidade não o incomoda. Ele até
pensa em aumentar o número de mas-
cotes. "Meu filho nasceu e nós vamos
nos mudar para uma casa maior, justa-
mente pensando empegarmais um ani-
mal no futuro", afirma.
para Chiaramonte, é uma relaçãomais
doqueespecial. "Uma troca sincera, sem
nenhum tipo de interesse. É difícil en-
contrar algo tãopuroentreoshumanos",
diz. Ele dá um conselho para quem pen-
sa em ter um bichinho. "Tenha certeza
deque você tem capacidadepara ter um
animal. Eprocure castrá-lo, para contro-
laronúmerodeabandonos", conclui.
rEDESCoBrInDooAMor
Ainda criança, a Coordenadora de Ca-
dastro Claudinea Mendes perdeu a mãe
e foi obrigada amorar com a avómater-
na. nada era capaz de fazê-la sorrir no-
vamente. Até que uma tia a presenteou
comumacadelinha, a Juma.nãodemorou
muito para que amascote virasse ame-
lhor amiga deClaudinea. "namaior parte
do tempo, eume afastava das pessoas. A
Jumaeraminha confidentee companhei-
ra, passava horas contandohistórias para
elaepenteandoseupelo", lembra.
Um dia, ao voltar da escola, ela estra-
nhounãoencontrar a cachorrinhanopor-
tão. Entrou e começou a procurá-la, sem
sucesso. Anosmais tarde, descobriuquea
avó deu Juma para uma família do outro
bairro, mas a cadela não aguentou ficar
longedadona, ficoudoentee logodepois
morreu. Foi o suficiente para desenvol-
ver um traumaemClaudinea. Ela colocou
na cabeça que os animais de estimação
eramhorríveisesó traziamsofrimento.
Tudo mudou quando ela se casou e
teve filhos que sonhavam em ter um bi-
chinho em casa. Cansada de dizer não,
permitiu que tivessem peixes e hams-
ters. Até que Arthur, o filho mais velho,
decidiu lhe fazer um pedido especial:
queria adotar um cachorro abandonado
e seria responsável por cuidar do animal.
"Fiquei muito orgulhosa. Ele me mos-
trouque éummeninohumano, amoroso
edobem", conta.
Ao conhecer Thor, um bullboxer com
apenas 14diasde vida, aprimeira reação
andréChiaramonte,
Analistafinanceiro