Centro Médico Unimed, em Belo Horizonte, tem um
andar adaptado para receber os pacientes mirins
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Revista Conexão - Abril / Maio / Junho de 2016 - Edição 21
Adaptação de consultórios para atender o
público infantil surge como bom investimento
CONSULTA
As visitas aomédico, para as crian-
ças, não costumam ser algo prazeroso.
Ao mesmo tempo que elas não veem
com bons olhos esse momento, a es-
pera costuma ser entediante. Para
mudar esse cenário, consultórios e clí-
nicas têm adaptado seus espaços para
conquistar a simpatia do público in-
fantil. Para Paulo Rangel, diretor de
Controle da Unimed FederaçãoMinas,
a utilização das estratégias lúdicas em
consultórios auxilia na criação de vín-
culo com a criança e diminui também
a ansiedade, facilitando, assim, a rela-
ção com o médico.
Inaugurado há um ano e meio, o
Centro Médico Unimed, em Belo Ho-
rizonte, tem dois andares dedicados
exclusivamente à pediatria. Com
cerca de 4 mil atendimentos mensais,
nos 26 consultórios direcionados à es-
pecialidade, o espaço foi todo desen-
volvido para agradar às crianças,
atraindo-as e surpreendendo-as. Dife-
rente de todos os outros andares da
clínica, o setor pediátrico não lembra
um estabelecimento de saúde - a de-
coração se destaca pelas cores vibran-
tes e
layout
idealizado pelo artista
plástico Geraldo Martins.
No
hall
da recepção, uma série de
recursos ganham a atenção dos pe-
quenos pacientes. Nas TVs, a progra-
mação é de desenhos animados. Há
ainda videogame, quadros mágicos
para desenhar e jogos. “Preocupamo-
nos em atender bem crianças de todas
as idades. Com 3 anos, por exemplo,
elas têmnecessidades de interação di-
ferentes de um pré-adolescente de 10
anos. Os maiores preferem o X-Box, já
os menores procuram logo pelos brin-
quedos”, relata o gestor da unidade,
Orlando Pavan.
Já no interior dos consultórios, o
tema é alimentação saudável – preo-
cupação da maioria dos pais. Todas as
salas são decoradas com grandes fotos
em preto e branco. Nelas, apenas as
frutas e verduras são coloridas. Os pai-
néis também incentivam a prática de
esportes. “É uma forma de impactar a
criança de maneira inconsciente, mas
também de educar os adultos”, des-
creve Orlando Pavan.
Ele revela que o andar geralmente
requer mais manutenção que os de-
ESTILO