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Novembro e Dezembro de 2012
COQUELUCHE
Muito cuidado com
bebês até dois meses
A
pediatra Maria Cecília Baltar
afirma que este ano, teve dois
casos suspeitos de coqueluche
entre seus pacientes. "As suspeitas
eram grandes, mas não foram con-
firmados com exames laboratoriais",
explica. Ela relata que o Rio Grande
do Sul, em 2012, teve casos confir-
mados da doença. Uma situação rara
de acontecer, depois que surgiu a va-
cinação e as mães estão conscientes
da importância de vacinar seus filhos.
Antigamente, os casos eram bem
mais frequentes.
A médica explica que o apareci-
mento de casos, não deve ser enten-
dido como falta de vacinação, pois
existe um controle muito grande
dentro das secretarias municipais da
Saúde. Além disso, as agentes de saú-
de quando visitam as casas dos bair-
ros, podem ser as mais carentes, as
mães estão bem conscientizadas que
precisam vacinar seus filhos. Para Ma-
ria Cecília Baltar, o que é necessário
é ver da potencialidade da vacina, se
o vírus da coqueluche está sofrendo
alguma mutação que a vacina não
está cobrindo.
Ela pondera que sempre que
acontece casos de uma doença que
está sendo coberta por uma vacina,
o próprio Ministério da Saúde, preo-
cupado com a situação começa uma
investigação para ver o que estava
acontecendo. A médica faz um alerta,
Dra Maria Cecília Baltar -
pediatra - CREMERS - 9574
pois existem casos de crianças que
tem bronquite, e estas têm tosse co-
queluchoide, muitas vezes de origem
alérgica, muito semelhante a coque-
luche, então o diagnóstico é pela do-
ença. "É necessário fazer este diag-
nóstico diferencial, para isto existem
exames, é preciso investigar", ressalta.
Sem cobertura Vacinal
O maior problema da coquelu-
che é no recém-nascido até os dois
meses de vida, pois elas estão sem
a cobertura vacinal. É a partir desta
idade que ela recebe a primeira dose
da vacina. É um quadro grave, e que
muitas vezes, a crise não se manifes-
ta através da tosse, a criança, ao invés
disso, tem uma crise de apnéia, que
é uma parada na respiração, e vai
ficando, como muitos dizem, "rouxi-
nha". É preciso ter cautela, pois a do-
ença é grave. A pediatra recomenda,
principalmente no inverno, que as
mães evitem locais com aglomera-
ção de pessoas, como festas, super-
mercados, até os dois meses de vida,
pois ele não tem dose nenhuma da
vacina, é bom resguardar este bebê.
Ao chegar aos dois meses,
já é hora de ser imunizado de várias
doenças. A pediatra esclarece que, o
bebê antigamente tomava a tríplice,
ou a tetra, hoje é a pentavalente (dif-
teria-tétano-coqueluche-hemófilos e
mais a segunda dose da hepatite B).
Foto: Dan Harrelson