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Revista Unimed
Atuando em Videira desde janeiro
de 1988, Adroaldo W. Lorenzzoni tem a
satisfação de olhar para o passado e ver
a consolidação da Unimed Videira como
resultado dos esforços de um grupo de
54 médicos que têm na saúde a sua
alegria de viver. Em entrevista à Revista
Unimed, Dr. Adroaldo conta como a co-
operativa se formou, os desafios enfren-
tados e o que é possível esperar para o
futuro do ramo na região.
Como nasceu a Cooperativa de Tra-
baIho Médico de Videira?
Desde 1982, Videira tinha um escritório
de representação da Federação das
Unimeds de Santa Catarina, isto é,
ainda não tínhamos uma cooperativa
de trabalho médico. Foi somente na
primeira gestão do Dr. Dalmo Claro de
Oliveira na presidência da Federação -
acompanhado pelos doutores Wálmore
Pereira Siqueira Junior na vice-
entrevista
A união
em proI
da vida
vice-presidente e Dr. Everton Caum
de Campos na superintendência, além
dos conselhos de administração, fiscal
e de ética.
E como o púbIico reagiu a isso?
Algumas vezes o público não percebe
que a cooperativa médica é idêntica às
outras cooperativas. Existem 13 ramos
cooperativistas, não é preciso ir muito
longe para encontrar uma cooperativa de
crédito ou uma cooperativa rural, então
a Unimed não é diferente das outras na
sua forma de gestão. Nossa cooperativa
tem cinco princípios cooperativistas
muito fortes, que são gestão democrática,
promoção da educação dos sócios nos
princípios do cooperativismo,participação
livre, rateio de sobras e transparência de
gestão. Isto é, cada sócio dispõe de um
voto em todas as decisões - às quais
são sempre da maioria, os sócios têm
educação continuada para entender os
princípios do cooperativismo e ter ciência
dos seus direitos e deveres dentro do
conjunto. A participação na sociedade
não é obrigatória e as sobras, tanto no
sentido do lucro quanto do prejuízo, são
rateadas. As reuniões de organização
do quadro social continuam ocorrendo,
nestes momentos são expostos de
maneira muito transparente toda a
situação da cooperativa. O que mudou
presidência e Adônis Rogério Rosar
como superintendente - que foi criado
um departamento para preparar os sete
escritórios seccionais espalhados pelo
Estado para se tornarem cooperativas
médicas. Na época não tínhamos
presidente, não havia quem pudesse
capitanear a cooperativa, por isso
durante um período, que se estendeu
por dois anos, foi feito um trabalho
com os médicos de Videira e região
que prestavam serviços à Federação
e, portanto, não eram cooperados.
Sob a responsabilidade do educador,
Dr. Geraldo Trindade, houve um
amadurecimentoeumentendimentopor
parte de todos nós acerca dos princípios
do cooperativismo a partir de reuniões
mensais e até quinzenais de formação
do quadro social da cooperativa. Uma
coisa interessante é que, apesar de
sermos uma cooperativa pequena,
nossas reuniões aconteciam com 100%
de participação dos sócios. Somente
depois que esse trabalho foi concluído,
em julho de 2000, é que constituímos
a primeira diretoria executiva por
aclamação dos sócios fundadores, de
uma forma muito harmônica, pautada
na gestão democrática.
Tive a honra de ser escolhido para
ser o presidente por duas gestões, junto
com Dr. Nelson de Oliveira Junior como
1,2,3 5,6,7,8,9,10,11,12,13,...14