A catapora, também conhecida como varicela, é uma doença infecciosa causada pelo vírus varicela-zoster. É uma doença comum, especialmente em crianças, mas também pode afetar pessoas de todas as idades que nunca foram expostas ao vírus ou não foram vacinadas contra ele.

Neste Momento Saúde entrevistamos a especialista em Dermatologista da Unimed Paranaguá Dr. Marcia Costa. Confira mais abaixo.
 

Quem já contraiu a doença, mesmo que na infância, pode se contaminar novamente?

Geralmente, uma pessoa que já teve varicela desenvolve imunidade ao vírus Varicela-zoster e não terá a doença novamente. Após a recuperação da varicela, o sistema imunológico do corpo cria anticorpos específicos que fornecem proteção contra futuras infecções. No entanto, em alguns casos raros, o vírus pode reativar-se anos mais tarde e causar uma condição chamada herpes zoster (cobreiro), que é diferente da varicela. Em resumo, a maioria das pessoas que teve varicela não terá novamente, mas há um pequeno risco de desenvolver herpes zoster.
 

De que maneira a catapora ou varicela pode ser transmitida?

A varicela é altamente contagiosa e pode ser transmitida de várias maneiras. A principal forma de contágio é através do contato direto com as lesões de pele de uma pessoa infectada. O vírus também pode se espalhar pelo ar quando a pessoa infectada tosse ou espirra. Além disso, o contato com objetos contaminados pelo vírus pode levar à infecção, embora essa forma de transmissão seja menos comum.
 

Quais os principais sintomas?

Os sintomas da varicela geralmente incluem erupção cutânea característica com lesões avermelhadas e vesículas (bolhas) que coçam, febre, mal-estar, dor de cabeça e perda de apetite. A erupção cutânea geralmente começa no tronco e se espalha para o rosto, braços e pernas ao longo de vários dias. As lesões passam por diferentes estágios, desde pequenas protuberâncias até vesículas cheias de líquido que eventualmente se rompem e formam crostas.
 

No caso de contaminação, como deve ser feito o tratamento?

O tratamento da varicela é principalmente sintomático, ou seja, busca aliviar os sintomas e promover a cura. Isso pode incluir repouso, ingestão adequada de líquidos para prevenir a desidratação, uso de medicamentos para aliviar a coceira e a febre, além de cuidados com a pele para prevenir infecções secundárias.

Em casos mais graves ou em pessoas com maior risco de complicações, como bebês, adultos e pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, pode ser necessária a administração de medicamentos antivirais para reduzir a gravidade e a duração da doença.
 

Qual a melhor forma de prevenção?

A melhor forma de prevenir a varicela é através da vacinação. A vacina contra varicela é recomendada em muitos países, e é geralmente administrada na infância como parte do calendário de imunização. Duas doses da vacina são recomendadas para uma imunização completa.

Além da vacinação, outras medidas de prevenção incluem evitar o contato próximo com pessoas infectadas, especialmente durante o período em que as lesões estão presentes, manter uma boa higiene das mãos lavando-as frequentemente com água e sabão, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, e evitar compartilhar objetos pessoais, como roupas e toalhas, com pessoas infectadas. Se alguém em casa tiver varicela, é importante manter um bom isolamento e limpar regularmente as superfícies contaminadas para reduzir o risco de propagação do vírus.
 

Sobre a doutora Marcia Costa

Dra. Marcia Costa é médica formada pela UERJ, possui Residência Médica em Clínica Médica no Hospital Universitário Pedro Ernesto, Residência Médica em Dermatologia no Hospital dos Servidores do Estado no Rio de Janeiro, integra a Sociedade Brasileira de Dermatologia, com Título de Especialista em Medicina Intensiva pela AMIB e Pós-Graduação em Auditoria em Saúde pela Fundação Unimed, além disso, é formada em Economia pela UFPR e médica cooperada da Unimed Paranaguá.