Revista Saúde | Unimed Grande Florianópolis - page 37

DESTINO TURÍSTICO
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MÁRIO MEDAGLIA
Jornalista Esportivo
Conselheiro Estadual de Esportes
Em 70 os mexicanos viram uma das melhores seleções
de todas as Copas conquistar o título. O Brasil tinha
Rivelino, Tostão, Jairzinho, Piazza, e Pelé em plena forma,
enlouquecendo os adversários. Na final, a Itália sucumbiu
por 4 a 1, com a torcida no estádio Azteca deixando os
jogadores brasileiros quase nus em campo. Sobraram só
as sungas.
As copas de 74, na Alemanha, e 78, na Argentina, foram
uma sucessão de fracassos brasileiros. Os alemães
tinham um time muito forte e os argentinos os generais
da ditadura. E o Brasil não tinha mais Pelé.
A esperança reascendeu em 82, com o time de Falcão,
Zico, Sócrates e o comando de Telê Santana. Paolo
Rossi acabou com o sonho do Brasil ganhar o quarto
título. Marcou o 3 a 2 para a Itália, na decisão que ficou
conhecida como a "tragédia do Sarriá", estádio que os
brasileiros jamais vão esquecer.
Na Copa seguinte a desorganização do futebol brasileiro
afetou novamente a seleção, além das lesões de
jogadores como Zico e Falcão, mais a indisciplina de
Renato Gaúcho e Leandro. O Brasil ficou em quinto. Em
90 veio o time de Lazzaroni, comum futebol considerado
defensivo e ultrapassado. A Argentina tratou de nos
eliminar nas oitavas de final, com uma gol de Caniggia.
Eram 24 anos sem título. Nos Estados Unidos, em
94, levamos um time desacreditado, com Parreira de
técnico muito criticado. Romário e Bebeto fizeram a
diferença e fomos à final contra a Itália, numa primeira
decisão por pênaltis. Taffarel defendeu o título para o
Brasil, enquanto Roberto Baggio ajudava com um chute
nas nuvens.
Na França perdemos o título para os donos da casa.
Romário foi desconvocado e Ronaldo entrou em campo
para a decisão depois de muita controvérsia no vestiário.
Edmundo chegou a aparecer na escalação, mas terminou
sacado do time para Ronaldo jogar mesmo sem as
melhores condições. Zidane fez a festa e dois gols, Petit
o terceiro.
Coreia do Sul/Japão, palco para Luís Felipe Scolari e
"família" garantirem o quinto título para o Brasil. O
pragmático Felipão não deu bola para a pressão popular
por Romário e o trio Rivaldo/Ronaldinho Gaúcho/
Ronaldo garantiu a festa. Na final, Brasil 2 x 0 Alemanha.
Duas Copas para esquecer: na Alemanha tínhamos um
quadrado mágico com Ronaldo/Ronaldinho Gaúcho/
Kaká/Adriano que não funcionou. Parreira não deu conta
da desorganização da delegação e paramos de novo na
França, perdendo por 1 a 0. Na África do Sul o time de
Dunga ganhava da Holanda por 1 a 0, mas duas bolas
aéreas nos mandaram embora mais cedo.
Agora em casa temos que superar a desconfiança da FIFA,
atender exigências quenão foramfeitas a outros países, como
à África do Sul, ignorar a contabilidade das Arenas, passar ao
largo de alguns "desconfortos" e chamar o torcedor para a
arquibancada. Dentro do campo de novo a "família Scolari" vai
ter que dar um jeito.
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