58% dos homens têm medo do câncer de próstata, mas 46% não fazem rastreio - Unimed Cerrado

58% dos homens têm medo do câncer de próstata, mas 46% não fazem rastreio

Entre as maiores ameaças à população masculina, sobrevivência à doença está relacionada ao diagnóstico precoce e hábitos saudáveis. Negros e obesos estão entre grupos risco
        27 de novembro, 2023



O homem brasileiro tem medo do câncer de próstata. Durante um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), 58% dos entrevistados apontaram o tumor como a doença mais temida - a frente da impotência sexual com 37% - e não é por acaso já que esse é o tipo mais comum na população masculina - depois do câncer de pele -, levando a óbito 28,6% dos que desenvolvem neoplasias malignas. Mais do que isso, dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que homens negros ou com obesidade estão entre os grupos de risco.

Contudo, apesar do temor, 46% dos homens com mais de 40 anos só vão ao médico depois de sentirem algo que julgam preocupante, segundo o levantamento da SBU. Para o médico urologista, Guilherme Antônio, esse é um dado preocupante já que as chances de sobreviver ao câncer de próstata estão ligadas ao diagnóstico precoce, mas a doença não apresenta sintomas claros. “Ele é um câncer assintomático. O que seria isso? Na maioria dos casos ele não vai dar sintomas, o paciente não irá sentir nada”, explica.

 

Exame de rotina é vital contra o câncer de próstata


Como explica o urologista, a adoção de hábitos saudáveis está entre as melhores formas de evitar o câncer de próstata, bem como outros tipos de doenças. “O que pode contribuir para o não aparecimento de um câncer de próstata é ter uma alimentação saudável, manter o peso corporal adequado, praticar atividades físicas regularmente, não fumar, evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Todas essas são medidas que podem diminuir a chance do aparecimento de lesões”, recomenda.

Contudo, ele também reforça que a melhor forma de lidar com a doença é fazer o diagnóstico precoce, o que aumenta consideravelmente as chances de cura. “Alguns pacientes podem apresentar sintomas como sangramento no canal da urina, alteração no jato ou até dor óssea. Contudo, mesmo sem esses sinais, durante o exame de rastreio feito no check up de rotina podemos identificar a lesão”, afirma.

O especialista lembra que existe mais de uma forma de realizar o rastreio. Um deles é o PSA, exame feito pelo sangue que faz a dosagem de uma enzima produzida pela próstata e levanta a suspeita do tumor caso apresente alteração. O outro é o exame de toque, que é realizado durante a consulta com o urologista e tem o objetivo de avaliar o formato, tamanho e textura da próstata do paciente. Caso seja constatada alguma alteração importante em qualquer um desses testes, deve ser feita uma investigação cuidadosa com biópsia da próstata.

 

Fatores importantes


O médico urologista Guilherme Antônio explica que a recomendação da SBU é para o início do exame anual para rastreio a partir dos 50 anos de idade, contudo existem fatores que podem fazer essa rotina de cuidados começar mais cedo. “Os principais fatores de risco para anteciparmos o rastreio do câncer de próstata para os quarenta e cinco anos seriam pacientes negros, obesos e aqueles com história familiar positiva”, finaliza.

 

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