Dezembro Laranja: câncer de pele é principal tipo entre brasileiros, mas cura pode depender apenas de diagnóstico precoce - Unimed Cerrado

Dezembro Laranja: câncer de pele é principal tipo entre brasileiros, mas cura pode depender apenas de diagnóstico precoce

Para o médico dermatologista Gustavo Felipe, é importante entender fatores de risco para determinar intervalo adequado de visitas ao médico
        12 de dezembro, 2023


O câncer de pele é o tipo mais comum entre os brasileiros e a relação entre a população e o trabalho ou lazer ao ar livre sob o sol forte da estação não só explicam esses índices como reforçam a importância da campanha de Dezembro Laranja, que tem como objetivo a conscientização sobre a doença. No Brasil, o câncer de pele corresponde a 30% dos casos com tumores malignos. Felizmente, ele é curável na maioria das ocorrências desde que seja diagnosticado precocemente.

Por isso, o médico dermatologista Gustavo Felipe, colaborador da rede de especialistas da Unimed Cerrado no Norte goiano, alerta para a importância das consultas de rotina e o autoexame. “Estima-se que cerca de 20% dos casos de câncer de pele melanoma sejam descobertos aleatoriamente em consultas de rotina por outros motivos como queda de cabelo ou um problema em uma unha. Felizmente, em um exame dermatológico bem feito, o médico já consegue fazer esse diagnóstico de forma precoce”, pontua.

 

Câncer de pele além do sol


Assim como outros tipos que estão associados a hábitos de vida nocivos ao longo do tempo, o câncer de pele é uma doença que se desenvolve a partir do dano causado às células da pele. Normalmente, isso acontece com a exposição excessiva aos raios ultravioleta (UV) do sol. Contudo, o especialista explica que existem outros fatores de risco como o histórico familiar, por exemplo.

“Existem vários tipos de câncer de pele e, embora existam alguns que não têm predileção por áreas fotoexpostas, é nessas áreas que a ocorrência é mais comum. A radiação ultravioleta se torna um fator de risco importante quando acumulada na pele ao longo de uma vida inteira”. Também por isso, a maioria dos casos surge após os 40 anos de idade.

Para todos os efeitos, o médico dermatologista ressalta que a origem do tumor pode ir além da relação com o sol, estando associada ainda à questão familiar, pois o fator genético e a mutação de alguns genes passados hereditariamente são pontos relevantes para o câncer de pele. Além disso, ele explica também que alguns subtipos do vírus HPV podem evoluir para um tumor, bem como outros fatores alheios à exposição solar.
Grupos de risco

Entender as possíveis causas do câncer de pele é importante para definir os possíveis grupos de risco e, com isso, reforçar os cuidados em busca do diagnóstico precoce. “Se formos colocar em grupos de risco, sem sombra de dúvida temos que listar os trabalhadores rurais, pessoas que fazem bronzeamento seja ao sol ou artificial, enfim, todos os que tomam muito sol ao longo da vida”, afirma.

Para ele, esses indivíduos precisam de uma rotina de visitas ao dermatologista mais cuidadosa para facilitar a detectação de sinais ainda no início da doença, o que também favorece o tratamento. “O acompanhamento de rotina antes do diagnóstico é feito com o dermatologista. Esse especialista deve ser consultado regularmente. Para quem possui algum fator de risco essa visita de rotina deve ocorrer de seis em seis meses, já a população em geral deve ir ao consultório ao menos uma vez por ano. Isso porque o exame dermatológico não se resume à queixa do paciente. O médico vai avaliar a pele como um todo e qualquer mancha que surgir vai ser analisada com cuidado”, esclarece.

 

Sinais de alerta


Embora os sintomas do câncer de pele sejam variados, existem alertas gerais que precisam ser observados. “Sempre precisamos observar feridas que não cicatrizam, caroços que crescem de forma desordenada, manchas que tenham alguma alteração que a desconfiguram, seja em seu tamanho, formato ou cor, bem como manchas que crescem de forma desordenada”, aconselha o dermatologista.

Além disso, o médico Gustavo Felipe recomenda cautela, mas explica que isso não significa que não possamos manter nossas atividades de rotina por medo de sair ao sol. “O principal é evitar a exposição ao sol em excesso e de forma irresponsável, sem os devidos cuidados, especialmente entre 10h30 e 16h30. Porém, é evidente que no dia a dia, com o uso adequado de medidas de proteção solar, todos podemos seguir com nossas rotinas”, argumenta.

Além da análise clínica, o diagnóstico pode envolver exames como a dermatoscopia, biópsia e exames de imagem. Já o tratamento é diverso e pode incluir terapia fotodinâmica, cirurgia, radioterapia, imunoterapia, terapia de células alvo, entre outros de acordo com o tipo e estágio do câncer. Porém, o especialista reforça a importância do diagnóstico precoce e recomenda ainda a prática regular do autoexame. “Pelo menos uma vez ao mês, devemos ficar sem roupa em frente ao espelho e observar cada manchinha e procurar um dermatologista a qualquer sinal de mudança em alguma delas para uma avaliação mais detalhada e eficaz, independente do tempo desde a última consulta, mesmo que ela tenha sido recente”, conclui.

 

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