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MAR
Monitoramento
da qualidade da água
Os turistas que frequentam as praias do litoral de Santa Catarina
contam com uma vantagem que poucos estados no Brasil oferecem.
Além da diversidade de suas paisagens - que misturam baías,
enseadas, costões e muitas ilhas - e da exuberante beleza natural,
o Estado garante a seus banhistas um serviço de utilidade pública
essencial no verão: o monitoramento da qualidade da água do mar
para o banho humano.
A Pesquisa de Balneabilidade analisa as águas de cada balneário e
determina se estão Próprias ou Impróprias para o banho. Isto é, se
estão contaminadas ou não por esgotos domésticos. A existência de
esgoto é verificada através da contagem da bactéria Escherichia coli
(E.c.) presente nas fezes de animais de sangue quente, que podem
colocar em risco a saúde dos turistas e da população local.
A pesquisa é um trabalho realizado sistematicamente pela FATMA
(Fundação do Meio Ambiente) desde 1976, seguindo as normas
da Resolução Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). Ela
começa coma coleta de amostras da água domar em 195 pontos dos
500 quilômetros da costa catarinense. A Fundação seleciona esses
pontos de tal forma que todo o litoral seja avaliado, concentrando
as coletas justamente nos locais mais suscetíveis de poluição - os
de maior fluxo de banhistas. As coletas são feitas mensalmente de
abril a outubro e semanalmente de novembro a março, no pico da
temporada de verão.
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Água PRÓPRIA para banho: quando em 80% ou mais de
um conjunto de amostras coletadas nas últimas 5 semanas
anteriores,nomesmo local,houver no máximo 800 Escherichia
coli por 100 mililitros.
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Água IMPRÓPRIA para banho: quando em mais de 20% de
um conjunto de amostras coletadas nas últimas 5 semanas
anteriores, no mesmo local, for superior que 800 Escherichia
coli por 100 mililitros, ou quando, na última coleta, o resultado
for superior a 2000 Escherichia coli por 100 mililitros.
Fonte: FATMA - Fundação do Meio Ambiente
Fique de olho nas águas-vivas
Os casos de queimaduras provocados por alguns organismos ma-
rinhos levaram a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) a in-
cluir em seu site algumas informações úteis sobre as situações mais
comuns envolvendo espécies do litoral brasileiro, dando dicas de
prevenção e primeiros socorros. Sempre que necessário, procure um
médico ou dirija-se a um pronto-socorro. O tratamento será mais
eficiente e preciso quanto mais informações sobre o ocorrido forem
passadas ao profissional que atendê-lo, como tipo de organismo
(animal), horário e sensações. Mantenha a calma e evite tratamentos
caseiros, que de modo geral, mascaram os sintomas e agravam a
situação.
Os casos de queimaduras mais comuns envolvem as águas-vivas,
que são gelatinosas, transparentes e têm formato de sino ou guarda-
-chuva. Em contato com a pele humana elas liberam substâncias
urticantes que provocam dor e aparentam queimadura, mas que na
verdade são reação ao veneno. Os sintomas vão desde dermatites
discretas até lesões intensamente dolorosas na pele. Os cuidados
devem ser redobrados com relação às crianças, que são particular-
mente mais sensíveis do que os adultos.