Hipotireoidismo ou Hipertireoidismo?

A tireoide é uma glândula que exerce um papel fundamental para o bom funcionamento do nosso corpo. É como uma fábrica de hormônios que controla vários órgãos. E quando ela funciona de forma errada, as consequências podem ser o hipotireoidismo ou hipertireoidismo.

Muito prazer, tireoide!

Para começo de conversa é preciso entender como funciona a tireoide. Existe uma relação direta entre o nosso cérebro e essa glândula, e essa parceria precisa estar em equilíbrio. A jornada começa justamente no nosso cérebro, que produz o TSH, um hormônio que se encaminha diretamente para a tireoide estimulando a glândula a fabricar outros dois hormônios que são o T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina).

Esses nomes parecem complicados, mas desempenham uma função muito importante que é estimular o metabolismo. Quando a tireoide funciona mais lenta que o normal ou mais rápida que o normal, ocorre o hipotireoidismo ou hipertireoidismo.

Afinal, eu tenho hipotireoidismo ou hipertireoidismo?

Como o próprio nome diz, o hipertireoidismo é caracterizado por uma tireoide hiperativa, que produz mais hormônios do que o necessário para manter o organismo funcionando em sua normalidade.

A quantidade extra de hormônios faz com que o metabolismo se mantenha constantemente acelerado, e pode surgir também uma protuberância ou inchaço na parte da frente do pescoço, devido ao aumento do tamanho da glândula.

O hipotireoidismo, por outro lado, é caracterizado por uma tireoide preguiçosa, que produz menos hormônios do que o necessário para que o organismo funcione corretamente. O hipotireoidismo desacelera o metabolismo, afetando, assim, diferentes funções.

Para ficar mais claro, conheça os sintomas de cada um:

Hipertireoidismo
  • Batimento cardíaco irregular ou acelerado;
  • Perda de peso e aumento do apetite;
  • Suor excessivo;
  • Intolerância ao calor;
  • Irregularidade nos ciclos menstruais;
  • Perturbações emocionais;
  • Inchaço na região do pescoço;
  • Distúrbios do sono;
  • Ansiedade e irritabilidade;
  • Fraqueza muscular.

No caso de hipertireoidismo é importante que você consuma proteínas em abundância e acrescente os vegetais crucíferos à sua dieta rotineira, mas também é importante que evite peixes, crustáceos e outros frutos do mar, para não aumentar seus níveis de iodo no sangue.

Hipotireoidismo
  • Falta de apetite;
  • Ganho de peso constante, mesmo sem exagerar no consumo de alimentos;
  • Depressão;
  • Intolerância ao tempo frio;
  • Redução dos batimentos cardíacos;
  • Fadiga;
  • Prisão de ventre;
  • Dificuldade de raciocinar de forma clara;
  • Retenção de líquidos;
  • Pele pálida ou amarelada.

A alimentação também deve ser observada privilegiando alimentos que possam estimular a tireoide. É importante aumentar o consumo de peixes, frutos do mar, crustáceos e algas marinhas.

As disfunções da tireoide e as atividades físicas

As atividades físicas são sempre uma forma de manutenção da saúde do corpo, porém quando há descompensação da tireoide devem ser feitas algumas considerações. No hipertireoidismo é importante evitar exercícios devido ao risco de arritmia e pela piora do cansaço próprio da doença, devendo ser liberado para exercícios apenas pacientes compensados.

O paciente com hipotireoidismo está liberado realizar exercícios, o que ajuda até na perda de peso. Um programa de exercícios bem elaborado pode promover adaptações que facilitem o tratamento.

Fica a dica:
Exercícios físicos não combatem diretamente as disfunções da tireoide, porém auxiliam na manutenção de um corpo saudável e combate os sintomas. Portanto, mantenha uma programação ativa diária e procure seu médico para manter a saúde em dia.

Tratamentos para as disfunções da tireoide

Normalmente as duas disfunções tireoidianas são controladas por medicamentos. O hipotireoidismo não tem cura e pode ser controlado por meio da reposição hormonal, com dosagem específica para cada caso. Já o hipertireoidismo pode ser curado com o tratamento regular e pode ser tratado com medicamentos antitireoidianos orais ou, mais raramente, com administração de iodo, dependendo da situação.

A cirurgia para retirada da glândula, por sua vez, é restrita aos pacientes com grande aumento do bócio ou suspeita de câncer.

Apesar de não ter cura, o hipotireoidismo ou hipertireoidismo possuem tratamento e as pessoas que convivem com essas doenças podem levar uma vida normal.

Se identificou com algum desses sintomas? Marque uma consulta para um diagnóstico médico.