O poder da informação médica, que outrora era restrita aos profissionais da saúde, hoje está ao alcance das pessoas por meio de um simples clique. Resultado da revolução comportamental causada pela internet, o acesso ao conhecimento modificou a tradicional relação médico-paciente e expôs a população a uma série de riscos.
 
De acordo com o médico gastroenterologista da Unimed Cuiabá Elton Hugo Maia Teixeira o acesso às informações relacionadas à saúde tem dois lados. Por um, o paciente bem informado, munido por fontes seguras, será um ótimo aliado do médico para que juntos decidam qual é o melhor tratamento, lembrando que o profissional deve ter a autonomia de anos de estudo para decidir qual opção terapêutica deve ser adotada, considerando a individualidade de cada caso. Para esse paciente, fica a capacidade de  ter um senso crítico mais apurado na hora de escolher um bom médico e avaliar os tratamentos disponíveis.
 
Por outro lado, Teixeira ressalta que é preciso estar atento à veracidade do conteúdo presente em muitos sites e blogs na web, mesmo aqueles gerenciados por profissionais da saúde. "É fundamental buscar saber se a informação pesquisada é fidedigna, pois existem muitas pessoas mal-intencionadas e profissionais que visam somente o caráter comercial na hora de sugerir equipamentos e medicamentos que prometem milagres, mas que não possuem a menor comprovação científica", alerta.
 
O especialista explica ainda que não adianta jogar os sintomas na rede, sem saber avaliá-los. "Uma vez que um único sintoma pode ser comum a milhares de doenças, somente uma avaliação criteriosa, feita em consultório, e acompanhada de exames pode comprovar um diagnóstico e indicar um tratamento. As informações que estão na internet devem ser utilizadas a título de orientação", frisa o gastroenterologista.
 
Onde buscar

Uma boa dica para quem quer pesquisar sobre saúde com segurança, é fazer isso em sites de instituições vinculadas às universidades e às sociedades médicas, além do site do Ministério da Saúde.
 
Dar informações genéricas sobre saúde e bem-estar está dentro da legalidade, mas, prestar assistência médica à distância através de qualquer meio que não seja o presencial, é considerado antiético pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
 
Em suma, a ordem é orientar-se com fontes seguras fornecidas pelo "Doutor Google" e em seguida agendar uma consulta médica com o seu médico de confiança.

Unimed Cuiabá