A hipertensão arterial atinge crianças, adultos e idosos de ambos os sexos e está relacionada com a força que o sangue faz contra as paredes das artérias para conseguir circular pelo corpo. Nesse caso, o estreitamento das artérias aumenta a necessidade de o coração bombear com mais força para impulsionar o sangue e recebê-lo de volta. Como consequência, a hipertensão dilata o coração e danifica as artérias.

Em 26 de abril é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, data importante, tendo em vista que, no Brasil, a doença atinge cerca de 25% da população. Dentre os idosos, 50% são hipertensos, ou seja, possuem a pressão arterial em repouso com valores iguais ou acima de 14 por 9 (140mmHg X 90mmHg).

De acordo com Eliel Barretto César, cardiologista da Unimed Santa Bárbara d'Oeste, Americana e Nova Odessa, a hipertensão é genética, mas também pode ser provocada por maus hábitos, tais como excesso de sal, de peso, de uso de álcool e sedentarismo.

Uma doença crônica e sem cura (exceto em casos de alguns tumores raros), a hipertensão é silenciosa, já que os sintomas se manifestam quando a pressão já está muito alta, excedendo o limite máximo. A partir de então, os pacientes podem sentir dores no peito, na cabeça, fraqueza, tonturas, visão turva, sangramento nasal e chegam a desmaiar. Além disso, ela pode gerar consequências graves, como enfarte de miocárdio, derrame cerebral e a morte instantânea.

Entretanto, a hipertensão pode – e deve – ser controlada com mudanças no estilo de vida e a administração de medicamentos adequados. “Trata-se hipertensão arterial com vários grupos de medicamentos. Os mais comuns são os diuréticos tiazídicos, os inibidores da angiotensina e beta bloqueadores”, afirma o especialista, acrescentando que bons hábitos alimentares e a prática regular de exercícios físicos são fatores essenciais para o bom funcionamento do coração.

Ana Carolina Giarrante