Cegueira
10 Dezembro 2020
Cerca de 6 milhões de pessoas no Brasil têm algum tipo de deficiência visual, segundo o IBGE. No entanto, muitos desses casos podem ser prevenidos e tratados. Vamos entender como cuidar da saúde dos olhos?
Cegueira: tipos e causas
Há tratamento para a cegueira?
Deficiência visual: conheça os sintomas
Prevenção da cegueira
Cegueira: tipos e causas
A perda da visão, também chamada de cegueira, pode ser ocasionada por vários fatores e aparecer de variadas formas. A deficiência visual pode ser dividida em alguns tipos:
- Cegueira parcial ou cegueira legal: quando a pessoa só consegue enxergar alguns vultos ou perceber projeções luminosas. É possível fazer algumas atividades sem adaptação
- Cegueira total: visão nula. Não é possível perceber nem mesmo projeções de luz
- Cegueira noturna: dificuldade ou incapacidade de enxergar em ambientes com pouca luz
- Cegueira infantil: deficiência visual em crianças
- Ambliopia: diminuição da visão devido a algum déficit neurológico; ocorre na infância
A cegueira pode ser congênita (quando já nasce com a pessoa) ou adquirida, que pode ser causada por diferentes fatores, entre eles:
- Glaucoma: danos nas fibras do nervo óptico
- Catarata: opacidade no cristalino (espécie de lente do olho)
- Retinopatia diabética: complicação na vista decorrente do diabetes
- Degeneração macular relacionada à idade: prejuízo na mácula (região da retina)
- Tracoma: tipo de conjuntivite bacteriana
- Tumores oculares
- Deslocamento de retina
Existe também a cegueira resultante de acidentes com objetos pontiagudos, queimaduras, substâncias químicas e inflamáveis.
Rubéola, sarampo e toxoplasmose em mulheres grávidas também podem ocasionar cegueira no bebê.
Há tratamento para a cegueira?
Existem as cegueiras que são irreversíveis e as reversíveis.
A primeira diz respeito às deficiências visuais em que já não é possível tratar. Nesse caso, o caminho é pensar nas ferramentas de inclusão e buscar maneiras de manter a qualidade de vida!
A segunda, como o nome já diz, é o tipo de cegueira que pode ser revertida. O diagnóstico precoce é fundamental para isso e o tratamento varia de acordo com a doença que dá origem à perda de visão.
Na maioria das vezes, porém, o caminho é a cirurgia. É o caso da catarata, do descolamento de retina e da degeneração macular relacionada à idade.
O melhor a fazer é consultar um médico, que vai orientar sobre o tratamento adequado para o problema.
Deficiência visual: conheça os sintomas
Como vimos, algumas vezes a cegueira pode ser revertida. Nesses casos, é muito importante que haja um diagnóstico precoce e, para isso, é preciso reconhecer os sinais!
Cada uma das causas que podem levar à cegueira tem um determinado sintoma. Inclusive, grande parte delas são silenciosas e não apresentam sinais na fase inicial. A visita regular ao médico garante que a visão seja constantemente avaliada.
De modo geral, se você perceber alguns desses sinais, é melhor consultar um médico:
- Visão embaçada
- Perda do campo de visão (deixar de ver em algum dos cantos do olho ou sentir que há uma parte “preta” ou embaçada na sua visão)
- Distorção das formas
- Dificuldade ou incapacidade de enxergar em ambientes com pouca luz
Principalmente em crianças, também é importante ficar atento a:
- Lacrimejamento constante (olho sempre lacrimejando, molhado)
- Vermelhidão nos olhos
- Olhos com cores acinzentadas
- Fotofobia (aversão à luz)
- Tombos frequentes
- Um ou os dois olhos desviados
Prevenção da cegueira
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente metade dos casos atuais de deficiência visual no mundo poderiam ter sido evitados mediante tratamento adequado. Conhecer as formas de prevenção é superimportante! Confira:
- Faça visitas anuais ao oftalmologista
- Acompanhe e trate doenças como hipertensão e diabetes
- Evite o uso de óculos não certificados
- Só utilize maquiagens testadas
- Se cair qualquer líquido nos olhos, lave-os bastante e fique atento a possíveis sintomas
- Mantenha as vacinas em dia (especialmente se estiver grávida)
- Faça o teste do olhinho nos recém-nascidos
Texto: Agência Babushka | Edição e Revisão: Unimed do Brasil
Fonte: Agência Brasil, Hospital de Olhos e Ministério da Saúde
Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil