A Páscoa está chegando e as estruturas com ovos de chocolates de todos os tipos colorem mercados e supermercados, além das chocolatarias, que se preparam para atender à tradição dessa época do ano com misturas cada vez mais apetitosas.

O costume começou há cerca de 3 mil anos com os chineses, que comemoravam o início da primavera no Hemisfério Norte oferecendo ovos de galinha ou de pata pintados com cores fortes. A data coincide com a Páscoa cristã, que celebra a ressurreição de Cristo, e, com o tempo, o hábito se espalhou pelo mundo e outros materiais substituíram o ovo animal, até chegar ao chocolate.

À base de cacau, o chocolate pode ser muito benéfico à saúde, mas dependendo de sua composição, também pode trazer malefícios. Julieta Dias Coelho, médica nutróloga do Conselho de Especialidades da Unimed Goiânia, explica que os componentes do cacau ajudam a melhorar a função cardiovascular, possuem ação antioxidante, contêm gorduras “boas” que diminuem o nível de LDL (gordura maléfica para o coração) e liberam endorfinas, conferindo uma sensação de bem-estar, melhorando o humor e liberando energia.

“Mas é preciso consumi-lo de forma moderada, seguindo o caminho do meio, sem exageros”, declara a especialista, acrescentando que o consumo não deve ultrapassar 40 gramas diários do chocolate amargo ou meio amargo, que contêm maior teor de cacau. “O chocolate ao leite tem acréscimo de gordura e açúcar que, em excesso, não fazem bem ao organismo. O chocolate branco, por sua vez, é rico em gordura saturada, ou seja, a gordura ruim”, completa.

A nutróloga esclarece que o uso contínuo em grandes quantidades pode causar danos à saúde e engordar, entretanto, exagerar um pouquinho uma vez por ano não faz mal a ninguém, desde que a pessoa não tenha restrição alimentar ou alergias. “Pode comer porque é muito gostoso, mas só de vez em quando, afinal, estamos falando de uma época comemorativa. O que faz mal para a saúde é o excesso sempre.”

Confira quais são os maiores benefícios que o chocolate com maior quantidade de cacau e pouco açúcar pode trazer ao organismo:

- Os antioxidantes presentes no chocolate amargo combatem os radicais livres, retardando o envelhecimento, e ajudam a diminuir os níveis de LDL (o mau colesterol) no sangue;

- O alimento age prevenindo o sistema cardiovascular e circulatório e impedindo a deposição de gordura nas artérias, combatendo a hipertensão;

- O cacau estimula a liberação de endorfinas, contribuindo para a síntese de serotonina, que ajuda a relaxar e a aliviar o estresse, garantindo maior disposição mental;

- Os chocolates amargo e meio amargo são aliados da dieta, pois evitam a compulsão por alimentos e saciam a vontade de comer outros doces.

Ana Carolina Giarrante