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Cuidado! Uma pessoa morre a cada 2 minutos de doenças cardíacas no Brasil

Cuidado! Uma pessoa morre a cada 2 minutos de doenças cardíacas no Brasil

Cuidado! Uma pessoa morre a cada 2 minutos de doenças cardíacas no Brasil

4 Outubro 2013

As doenças do coração são responsáveis por uma em cada três mortes em todo mundo. No Brasil, são 320 mil óbitos por ano, um a cada dois minutos. A hipertensão arterial não controlada é a principal causa. Lembrando o Dia Mundial do Coração, celebrado no último dia 29 de setembro, vale ficar atento a um alerta: a maioria dos problemas cardiovasculares, de acordo com especialistas, poderia ser evitada ou postergada por meio de medidas preventivas simples e a adesão às recomendações médicas.

A prevenção, de acordo com a cardiologista Marta de Senzi Carvalho Moretto, cooperada da Unimed Catanduva, deve começar na infância. E esta é a principal abordagem da Sociedade Brasileira de Cardiologia para a campanha do Dia Mundial do Coração deste ano: “Ajude as crianças a seguir o caminho para um coração saudável”. A médica reforça que a doença aterosclerótica (endurecimento das artérias), por exemplo, tem início na infância e evolui com o passar do tempo. A prevenção da aterosclerose, conforme ressaltou o cardiologista Marco César Peruchi, é também de responsabilidade do pediatra, que deve identificar e controlar os fatores de risco cardiovasculares presentes na infância e adolescência.

“É preciso promover a saúde cardiovascular do paciente, por meio da prevenção e/ou controle da obesidade, aconselhamento para prática regular dos exercícios físicos, detecção e controle da hipertensão arterial, orientação a hábitos alimentares saudáveis, desencorajamento do tabagismo nos adolescentes e, quando indicado, rastreamento dos níveis lipídicos (colesterol e triglicérides)”, reforçou o médico.
De acordo com o médico Marco Peruchi, as doenças cardiovasculares, segundo vários estudos, se iniciam desde o primeiro ano de vida. O rastreamento deve ser realizado entre 2 e 19 anos de idade nas seguintes situações: presença de avós, pais, irmãos, tios e primos de primeiro grau com doença arterial manifesta (doença arterial coronária e/ou doença cerebrovascular e/ou periférica) antes dos 55 anos para homens e dos 65 anos para mulheres; parentes próximos com colesterol total maior que 300mg/dl ou triglicérides acima de 400mg/dl; presença de pancreatite aguda, xantomatose, obesidade ou outros fatores de risco para doença arterial coronariana na criança ou jovem.

As doenças do coração mais comuns são infarto, angina, hipertensão arterial, alteração nos batimentos cardíacos (arritmia), insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC), doenças das válvulas cardíacas e doenças cardíacas congênitas. Os motivos para o desencadeamento destas doenças são inúmeros e podem ser mutáveis ou não. “Os fatores imutáveis, como a hereditariedade, sexo, idade e raça das pessoas, são aqueles que não podemos tratar. Mas, temos sim a possibilidade de influir em outras situações de risco para o coração, como o fumo, o sedentarismo, o colesterol elevado e a obesidade. Basta uma mudança nos hábitos alimentares e na qualidade de vida”, disse Marta.

Exercícios são fundamentais
“Dentre as opções que temos para prevenir as doenças cardiovasculares, a principal é a prática de atividade física. É aconselhável a prática de exercício físico, se possível todos os dias da semana, em intensidade moderada, com 30 minutos de caminhada rápida, 15 minutos de corrida, ou mesmo a mudança no estilo de vida visando acumular 30 minutos de atividade física, tais como subir escadas, passear com o cachorro, lavar carro”, reforçou Marco Peruchi.

O médico ressalta que os resultados são mais efetivos para quem realiza exercício com maior frequência e intensidade. “Porém, exercícios muito longos (acima de 60 minutos) podem sobrecarregar o sistema cardiovascular, além de produzir lesões. Para realização de atividades mais vigorosas, temos de estar cientes de que é necessária uma avaliação com seu médico de confiança”, reforçou. Os exercícios aeróbicos (caminhada, corrida, natação, ciclismo, dança, hidroginástica, entre outros) são os que oferecem maior benefício para o sistema cardiovascular. Para os obesos, a recomendação é evitar atividades com alto impacto para prevenir lesões.
Marta reforça que o excesso de peso tem uma maior probabilidade de provocar um acidente vascular cerebral ou doença cardíaca, mesmo na ausência de outros fatores de risco. “A obesidade exige um maior esforço do coração além de estar relacionada com doença das coronárias, pressão arterial, colesterol elevado e diabete. Diminuir de 5 a 10 quilos no peso já reduz o risco de doença cardiovascular”, orientou a cardiologista.

Além disso, de acordo com a médica, outros fatores contribuem consideravelmente para as causas de doenças do coração, como, por exemplo, estar constantemente sob tensão emocional (estresse). “Isso pode fazer com que uma pessoa coma mais, fume mais e tenha a sua pressão elevada. Certos medicamentos podem ter efeitos semelhantes, como a cortisona, os antiinflamatórios e os hormônios sexuais masculinos e seus derivados. Por isso, a orientação médica é sempre indispensável”, complementou a especialista.

Reportagem gentilmente concedida pela área de Comunicação da Unimed Catanduva

Helen Ventura

Fonte: Unimed Catanduva

Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.


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