O rim possui papel fundamental na manutenção do bom funcionamento do organismo. Entre suas funções estão o controle do volume de água e sal no corpo, a produção de hormônios, a filtração do sangue e consequentemente a eliminação de substancias tóxicas através da urina.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), um em cada dez adultos brasileiros possui algum tipo de doença renal, sendo que 60% desconhecem essa situação.

O médico nefrologista cooperado Unimed Maceió, Ebeveraldo Amorim, alerta que pessoas portadoras de doenças sistêmicas, como diabetes mellitus, hipertensão arterial, doenças do colágeno e ocorrência constante de infecções urinárias, são mais propensas ao desenvolvimento de uma doença crônica renal o que, consequentemente, induz a necessidade de realização da hemodiálise.

Quando algo não está bem com os rins, os sintomas mais comuns são aumento da pressão arterial, surgimento de edema (inchaço), anemia, palidez, além de alterações do volume, frequência e cor da urina.

A prevenção inclui algumas mudanças na rotina, sendo a prática mais conhecida a ingestão de água em quantidade ideal. É possível fazer esse cálculo de forma bem simples: 35 ml de água devem ser multiplicados pelo peso da pessoa. Em um adulto de 70 kg, por exemplo, a quantidade de água necessária seria de 2.450 ml, ou seja, cerca de 2,5 litros diariamente.

Outra dica importante é a diminuição na quantidade de sal na alimentação. “O consumo ideal para um adulto é de seis gramas diárias. Além disso, é importante evitar a ingestão de gordura”, conta o médico.

Quanto mais rápido o diagnóstico, menores as chances de falência renal, estado em que o rim para de funcionar e são necessárias sessões de hemodiálise diariamente ou até o transplante de rim. De acordo com a SBN, no Brasil, em 2011, foram realizados quase cinco mil transplantes, o que equivale a 38% de pacientes com indicação para o procedimento.

Hábitos como dieta saudável, prática de exercícios e não fumar contribuem para uma vida melhor e auxiliam na prevenção de doenças crônicas.

Vale ressaltar que é importante procurar um médico nefrologista sempre que forem observadas algumas dessas alterações.

Camila Quintieri