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Prisão de ventre: um tormento entre as mulheres

Prisão de ventre: um tormento entre as mulheres

Prisão de ventre: um tormento entre as mulheres

1º Outubro 2012


Prisão de ventre é um problema que incomoda e acomete 20% da população brasileira, universo que atinge especialmente as mulheres. A Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) avaliou a saúde intestinal de 3.500 mulheres e concluiu que para cada homem, três mulheres apresentam o problema.

“Existe um fator importante: acredita-se que um agravante é o hábito das mulheres em não evacuar fora de casa. E isso começa desde a infância: inibir o reflexo da evacuação por constrangimento em utilizar o banheiro da escola é muito mais comum em meninas do que em meninos”, explica Marcela Rocha Loures, médica gastroenterologista e cooperada da Unimed Curitiba.

Na verdade, não existe uma regra exata quanto à frequência ideal do hábito intestinal: normal é evacuar sem ter que fazer esforço. “O hábito de segurar a vontade de evacuar acarreta problemas. Cada vez que ignoramos esse reflexo, a água das fezes armazenadas no reto continua sendo absorvida pelo intestino, o que contribui para o ressecamento, e, em casos extremos, pode provocar o Fecaloma (fezes empedradas), problema que normalmente exige uma intervenção médica”, conta a Dra Marcela.

A constipação geralmente é primária, ou seja, não existe uma causa específica para o problema; porém, pode ser agravada por fatores emocionais, falta de atividade física e hábitos alimentares pobres em fibras e líquidos. “Deve-se evitar ficar sentado muito tempo no vaso sanitário. A pressão sanguínea aumenta na região e com o tempo pode provocar problemas como hemorróida”, diz.

Alimentos ricos em fibras, como as frutas (em especial mamão e manga), verduras (alface, brócolis) e produtos integrais (granola e aveia) auxiliam no bom funcionamento intestinal, desde que associados à ingestão adequada de líquido (pelo menos 2 litros por dia).

Para mulheres que trabalham o dia todo e principalmente sentadas, a dica da especialista é educar o intestino e determinar horário específico, todos os dias, para ir ao banheiro. “É essencial uma garrafinha de água ou suco sempre ao lado, para ser ingerida ao longo do dia e lubrificar as fezes”, diz.

Importante destacar que se o problema agravar deve-se procurar orientação médica.

Camila Quintieri

Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.


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