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Você pratica o uso racional de medicamentos?

Você pratica o uso racional de medicamentos?

Não completar o tratamento sugerido pelo médico pode colocar sua saúde em risco

Você pratica o uso racional de medicamentos?

18 Julho 2012

 Ao fazer um tratamento você abandona a medicação logo que se sente melhor? A cada vez que sente algum desconforto, a primeira providência é tomar o remédio que o médico receitou na última vez em que o sintoma apareceu? Se respondeu sim às perguntas, tome cuidado: você pratica o que a Organização Mundial da Saúde (OMS) chama de uso irracional de medicamentos. O hábito pode colocar sua saúde em risco.

Conforme o diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Júnior, o uso irracional dos medicamentos agrava os perigos da automedicação – como os efeitos da superdosagem ou intoxicação –, estimula as bactérias causadoras de doenças a se tornarem mais resistentes e gera despesas desnecessárias para o seu bolso. Já o uso racional, conforme José Miguel, envolve elementos fundamentais de atenção e manutenção à saúde.

“O médico, por exemplo, pratica o uso racional quando faz um diagnóstico correto, prescreve somente os medicamentos que são essenciais para tratar determinada doença e explica ao paciente sobre a necessidade de completar com rigor o tratamento”, explica o diretor do departamento do Ministério da Saúde.

José Miguel ressalta que o uso racional dos medicamentos só se completa quando o paciente se envolve: “Ele precisa cumprir as orientações do profissional da saúde e aderir ao tratamento nas horas e dosagens corretas. Muitas vezes, quando o médico receita um antibiótico, o indivíduo percebe uma melhora no terceiro dia, desiste de tomar o remédio ou não segue à risca o número de pílulas que precisa ingerir diariamente. A postura do paciente é muito importante para que os remédios sejam utilizados da forma correta”.

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Um dos preceitos do uso racional de medicamentos é a venda fracionada, que consiste na oferta precisa do remédio para atender a real necessidade do paciente. Se seguida à risca, a prática acabaria com a prescrição de medicamentos por caixas.

“A venda fracionada possibilita a individualização do tratamento e, do ponto de vista econômico, traz redução de custos para o paciente, sua família e sistemas de saúde. Além disso, evita as populares ’farmacinhas caseiras’, que são um estoque de remédios à mão do paciente. Muitas vezes eles podem estar vencidos, serem ingeridos de maneira exagerada ou errada”, aponta José Miguel.

Tramita no Congresso Nacional um projeto de lei sobre a obrigatoriedade de venda de remédios fracionados.

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Repórter: Francine Athaide Cadore

Fonte: Ministério da Saúde

Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.


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