12 | Unimed-ES | Novembro de 2014
A litíase urinária, tam-
bém chamada de calculo-
se urinária, caracteriza-se
pelo acometimento de
cálculos na via de excre-
ção da urina desde os rins
até a saída, na uretra. É
uma doença universal co-
nhecida pela humanidade
desde seus primórdios
(há 600 anos já havia re-
latos, no Egito). Ocorre
em todas as faixas de idade, com incidência maior
em homens do que em mulheres (12% deles e 5%
delas terão cálculos).
O pico de incidência é entre 20 e 40 anos, sen-
do mais comum em brancos caucasianos do que
em asiáticos, hispânicos e afrodescendentes. A
frequência vem aumentando nas últimas décadas,
possivelmente por fatores de risco comuns na atu-
alidade, tais como sedentarismo, obesidade e alto
consumo de sal e de carne.
A prevenção, então, baseia-se primeiramente
no aumento do consumo de líquidos, o que con-
templará uma urina clara com volume de 2 litros
diários; diminuição do consumo de sal e carne. É
também conveniente a redução de ingesta de vita-
mina C. Os produtos lácteos e o cálcio não devem
ser suspensos, mas o seu uso deve ser moderado.
Existem ainda riscos específicos em pessoas que
tenham ácido úrico elevado, infecções urinárias e
tendência familiar.
Os sintomas são dores lancinantes, agudas nas
costas e flanco, estendendo-se à virilha e genitais,
geralmente só de um lado. É considerada uma das
dores mais intensas na medicina. Cursa com sinto-
mas urinários variados, como dor ao urinar e urgên-
cia e frequência elevada das micções.
O diagnóstico se baseia na história característi-
ca da dor, exame físico e exames de imagens como
ultrassom das vias urinárias e o Raio-X simples de
abdômen, análise da urina como primeira linha e,
se necessário, uma tomografia computadorizada
do aparelho urinário sem contraste, sendo este úl-
timo o melhor exame para detecção.
O tratamento é necessário em razão da dor in-
tensa e para evitar obstrução do trato urinário, que
causa danos aos rins. Quando associada à infecção
urinária, pode levar à infecção generalizada e até à
morte.
Os métodos de tratamento atuais são a frag-
mentação ultrassônica do cálculo através da pele,
conhecida como LECO, no qual os pedaços saem
na urina ou são extraídos por sondas e equipamen-
to óticos. Introduzidos pela uretra ou por um per-
tuito na pele direto sobre rim e o cálculo.
(*)
Urologista da Unimed Encosta da Serra
e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia
Calculose
urinária
ARTIGO
(popular cálculo renal)
Dr. Ricardo Müller
Kautzmann
(*)
(CREMERS 15982)
Higiene e saúde
O amigo da higiene
Sabonete é um componente básico
na limpeza da pele, tendo critérios
que devem pautar a sua escolha
Com o universo de novidades
disponível atualmente em termos
de sabonetes, é preciso prestar
muita atenção às prateleiras do
supermercado para não comprar
o produto errado. Seja líquido, em
gel ou em barra, há não apenas
a variedade de fragrâncias, mas
também de funções, como antis-
sepsia, hidratação e bactericida,
para o rosto ou para o corpo.
A Dra. Majoriê Mergen Segat-
to (CREMERS 32352), dermatolo-
gista da Unimed Encosta da Serra,
indica que a escolha do sabonete
varia de acordo com cada tipo de
pele, como as oleosas, secas, sen-
síveis, mistas e assim por diante.
"Os sabonetes, inclusive, são alia-
dos para o tratamento de algumas
doenças de pele, como a acne e a
dermatite atópica, por exemplo.
A escolha do sabonete correto
depende da avaliação do derma-
tologista", sublinha a médica que
também é mestre em Patologia
pela Universidade de Ciências da
Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
Uma dúvida comum para a
maioria das pessoas é se devem
ou não utilizar o mesmo sabone-
te para rosto e corpo. Dra. Majoriê
explica que como a pele do ros-
to geralmente difere da pele do
corpo, é recomendado o uso de
sabonetes específicos para cada
região. A pele do rosto costuma
ser mais sensível que a do corpo,
em virtude de possuir a espessu-
ra mais fina, e por isso é comum
a recomendação de um sabonete
específico para rosto. "Dependen-
do do sabonete utilizado para o
corpo, se usado no rosto podem
ocorrer com maior frequência re-
ações alérgicas ou ressecamento
nessa região", sustenta. Por isso é
importante consultar um derma-
tologista, que irá avaliar a melhor
opção para cada caso. Ela alerta
que algumas doenças de pele po-
dem ser transmissíveis e, nesses
casos, o compartilhamento do sa-
bonete deve ser evitado.
SABONETES HIDRATANTES
Sabonetes, em geral, estão en-
tre os itens de menor custo den-
tro da lista de artigos para higiene
pessoal. Algumas das marcas mais
caras se anunciam como detento-
ras de creme hidratante em sua
composição - mas, embora esses
sabonetes contenham, de fato, hi-
dratante, boa parte dele não fica
na pele, uma vez que precisa ser
removido ao lavar. Dra. Majoriê
explica que pessoas que possuem
pele ressecada ou que desejam
hidratá-la devem utilizar cremes
ou loções hidratantes após a lava-
gem da pele e não contar apenas
um sabonete hidratante.
Outras marcas se autodeno-
minam eliminadoras de bactérias,
mas é preciso cuidado com esses
produtos. "Há bastante controvér-
sia nesse tema", alerta a derma-
tologista. Ela esclarece que ainda
não está demonstrado emestudos
que esses sabonetes possam pre-
venir doenças bacterianas quando
comparados a sabonetes comuns.
"Eu indico o uso desses produtos
em casos específicos, como em
algumas doenças bacterianas da
pele. Sem essa indicação preci-
sa, não recomendo sua utilização,
pois além de poderem aumentar o
ressecamento da pele, existe um
potencial risco de aumento da re-
sistência bacteriana", frisa.
Dra. Majoriê, dermatologista da Unimed ES