Unimed Encosta da Serra - Fevereiro 2014 - N°60 - page 6

Urologia
Fevereiro 2014 |
Unimed-ES
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Uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de
Urologia (SBU) com 5 mil homens revela que 44%
dos entrevistados nunca foi a uma consulta com um
urologista nem faz exames preventivos. O levantamento
foi feito em seis capitais brasileiras: Rio de Janeiro, Porto
Alegre, São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Brasília.
A pesquisa mostra que 47% dos homens ouvidos nunca
fez exames para detectar o câncer de próstata. Apenas
23% dos entrevistados faz o exame anualmente. Para
o urologista da Unimed Encosta da Serra Dr. Sandro
Luiz Muller da Silva, o número de homens que não
procura um profissional é alto porque eles têm receio
do desconhecido. "Muitos têm medo de que haja
alguma doença grave e que isso possa interferir na sua
função sexual, além de que, culturalmente, são menos
preocupados com a sua saúde do que a mulher", afirma
o especialista.
De acordo com Dr. Sandro, existem alguns mitos na
urologia que afastam os homens do consultório. "Um
dos principais talvez seja o de que todo o paciente que
é submetido à cirurgia de próstata ficará com sequela
na esfera sexual. Apenas alguns pacientes podem ficar
com esta alteração após a intervenção", diz Dr. Sandro,
contando que outro mito é de que o exame de próstata
causa dor. "O exame é apenas desconfortável, mas não
doloroso, e não demora mais do que 6 ou 8 segundos".
ATENÇÃO DEPOIS DOS 40
Entre os 40 e 50 anos de idade, uma parcela da
população masculina pode desenvolver sintomas
urinários, que vão aumentando em incidência com
a idade mais avançada. "A grande maioria está
relacionada à hiperplasia prostática benigna, que é
uma patologia benigna, porém trazendo muito prejuízo
à qualidade de vida dos homens, interferindo no
sono e no seu convívio social", explica o urologista.
A hiperplasia prostática é uma condição médica
caracterizada pelo aumento benigno da próstata que
pode provocar estreitamento da uretra com dificuldade
de micção.
Mas a visita ao urologista não é uma atividade exclusiva
para homens. Como explica Dr. Sandro, a urologia é
uma especialidade médica que trata tanto os problemas
clínicos, quanto cirúrgicos referente ao trato urinário
(rins, ureteres, bexiga) em homens e mulheres, e
doenças referentes ao aparelho reprodutor masculino
(próstata, vesícula seminais, pênis e testículos). "É muito
comum o atendimento de pacientes do sexo feminino,
apresentando cistite, cólica renal, sangue na urina,
tumores do trato urinário e incontinência urinária,
dentre outras doenças", destaca o médico.
Uma negação
O mito do urologista
para os homens
resulta em índices
preocupantes sobre
consultas e exames
preventivos
MASCULINA
"É importante a conscientização da população para o acompanhamento
periódico com seu urologista. As consultas devem se iniciar já na adolescência,
para orientações sexuais e autoexame do testículo (prevenção de tumor), e após
os 45 anos, para preventivo de câncer de próstata naqueles pacientes com fator
de risco (familiar de primeiro grau com tumor de próstata e população da raça
negra) e para os demais a partir dos 50 anos de idade"
Dr. Sandro Luiz Muller da
Silva, urologista da Unimed Encosta da Serra
(CREMERS 25019).
PALAVRA DO ESPECIALISTA
- O câncer de próstata é mais incidente que o câncer de mama, de acordo com o Instituto
Nacional do Câncer (Inca), que em sua estimativa 2012/2013 apontou 60.180 novos casos
de câncer de próstata e 52.680 de mama
- Se forem descobertos no início, 90% dos casos são curáveis.
- "Um a cada seis homens terá câncer de próstata e 1 a cada 36 morrerá da doença",
afirma Dr. Aguinaldo Nardi, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia.
Geralmente, o câncer de próstata em fase inicial não
apresenta sintomas. Alguns pacientes podem, inclusive,
nunca ter sintomas. Por isso é fundamental que o homem
faça exames de rotina. Quando o tumor cresce, os sintomas
mais comuns estão relacionados ao ato de urinar, como
urgência, dificuldade e levantar várias vezes à noite para ir
ao banheiro.
SINTOMAS
De acordo com a fase do tumor e as características do
paciente, o médico poderá definir quais as melhores formas
de tratamento. Nos estágios iniciais da doença (tumores
localizados e localmente avançados) a prostatectomia
radical é a indicação. Consiste em uma cirurgia para retirada
da próstata e apresenta altos índices de cura.
(Fonte: Sociedade Brasileira de Urologia)
TRATAMENTO
DADOS
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