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Unimed Federação Minas

Para Arethuza, cuidado e zelo com o modo de se

vestir refletem no bem-estar dos pacientes

tável e com um semblante disposto. Isso

contagia outras pessoas”, enfatiza.

Arethuza deSá trabalha na clínica há 20

anos e revela que esse cuidado faz parte da

cultura de toda a equipe, que inclui doismé-

dicos, um cardiologista e uma angiologista.

“Eles também estão sempre bem-arruma-

dos, com as unhas feitas e a roupa limpa,

que, mesmo sendo branca, ganha novos

modelos.” Essa atenção aparentemente

simples reflete no relacionamento com o

paciente, que sente um atendimento mais

próximo. “Conversamos com ele e somos

bastante receptivos, procurando atender às

suas expectativas para que tenhamais qua-

lidade de vida e saúde. Isso inclui também

uma atenção maior com o nosso próprio

look”, acrescenta a secretária.

Outro reflexo sentido por ela é o cui-

dado que alguns pacientes tambémpassa-

ram a ter com os trajes que vestem para ir

às consultas. “Se eles procuramosmédicos

é porque estão com algum problema de

saúde e, geralmente, se sentemmais cabis-

baixos. Quando se arrumam, ficam mais

dispostos, recebem um elogio e melhoram

a autoestima”, revela Are-thuza de Sá.

Umnovo olhar

Mas, para causar essa boa impressão,

tem-se pela frente o desafio de tornar o ri-

tual de vestir um momento de criação e

descobertas de si mesmo. “É interessante

perceber que quando estamosmais cansa-

dos, geralmente optamos por roupas mais

confortáveis e, quando vivemos um mo-

mento mais agitado e alegre, temos mais

disposição para escolher as peças que ire-

mos vestir”, observa Cris Guerra.

O truque, para ela, é agir de forma in-

versa, estimulando sensações e novas per-

cepções. “Se estamos tristes e usamos

roupas mais coloridas e com melhor cai-

mento, durante o dia, o nosso humor tende

a ficar leve, porque nos sentimos mais bo-

nitos. E a ida ao consultório pode ser um

dessesmomentos, afinal, quando vamos ao

médico, normalmente, é porque estamos

com algum incômodo”, recomenda.

Ainda que algumas áreasmédicas con-

sigam estimular a criatividade mais facil-

mente, como é o caso da dermatologia e

pediatria, profissionais especializados em

oncologia, cardiologia ou psiquiatria, por

exemplo, podem fazer uso de outros ele-

mentos que tornam o ambiente mais con-

fortável e atraente. “Se o médico ou a

secretária começarem a se vestir melhor e

transformarem, aos poucos, o clima desses

espaços mais sóbrios, com uma decoração

mais colorida e peças instigantes na recep-

ção, podem incentivar essa preocupação

nos próprios pacientes. É nesse tipo de con-

sultório que a moda é ainda mais necessá-

ria e pode ajudar a distraí-los do próprio

problema, sendo a secretária a principal

agente nesse processo”, orienta CrisGuerra.

No seu guarda-roupa

Além das regras básicas de higiene e

do aspecto novo, a jornalista demoda reco-

menda algumas dicas para o figurino que

podem surtir resultado em curto prazo.

Para as secretárias, ela sugere o uso de ca-

misas e regatas de tecido, como crepe, seda,

linho emalha, que são sempre bem-vindas.

Estampas florais e abstratas agradam aos

olhos, mas se o profissional opta pela dis-

crição, o cinza é a cor mais aconselhada,

visto que combina com outras tonalidades

e demonstra mais elegância.

O sapato de salto traz requinte para o

visual, mas a recomendação é usar mode-

los mais baixos, que são confortáveis e não

prejudicam a estrutura óssea corporal.

Além disso, acessórios, como cintos, e a

chamada

terceira peça

, a exemplo de um

casaco, completam o figurino clássico. Es-

tampas de bichos e desenhos podem ser

utilizadas, mas commoderação. Outra dica

é evitar decotes, roupas justas ao corpo, saia

acima do joelho e maquiagem exagerada.

Para os médicos, mesmo usando per-

manentemente a cor branca, hoje, eles têmà

disposição uma infinidade de acessórios

para compor melhor o guarda-roupa. Por

isso, asmulheres podemoptar por umlenço

sob o jaleco ou um sapato com mais deta-

lhes, enquantoos homens têmà escolha re-

lógios compulseirasdiferenciadas. São itens

sutis, mas que garantemo efeito desejado.

Segundo artigo publicado pela consul-

torademodaGlóriaKalil, “misturar obranco

comtonsdebege, cru, gelooucinza também

é uma boa opção para quebrar a monotonia

do branco total”. Assim, aqueles que dese-

jam diferenciar o vestuário, camisas ou ca-

misetas coloridas por baixo do jaleco são

umaboa alternativa. Ela tambémrecomenda

que, nos pés, a preferência seja por sapatos

mais fechados, como sapatilhas ou sapatê-

nis. “Dedos e calcanhares à mostra devem

ser evitados por questões de segurançamé-

dica”, escreve a especialista. “Se os profis-

sionais combinarem todas essas dicas com

pele e cabelos bem-cuidados e um sorriso

sincero e agradável, os pacientes, com cer-

teza, sairão do consultório se sentindomais

confortáveis”, finaliza Cris Guerra.

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