Revista unimed BR - N°9/Ano 4 - page 14

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REVISTA UNIMED BR . N
o
09 . Ano 4 . Fevereiro | 2014
NO ALVO
realizado importante papel no
apoio aos esforços para acabar
com a pobreza, particularmente
no interior. A Propriedade Co-
letiva tem uma forte afinidade
com a cultura brasileira. Como
consequência, o Brasil tem mui-
to do conhecimento que nos au-
xiliará a criar uma cooperativa
agrícola-econômica pela África
Subsaariana e, com isso, ajudar a
tirar milhares da pobreza.
É claro que ainda há muito
que se fazer no Brasil para inse-
rir as cooperativas na economia
brasileira. Nesta área, os coope-
rativistas brasileiros não preci-
sam inventar a roda. Se quise-
rem introduzir um novo setor
cooperativista em sua economia
nacional, já há boas experiên-
cias em vários lugares do mun-
do. Um ponto positivo sobre o
movimento cooperativista é
que ele está sempre pronto para
compartilhar informações e ex-
periências para ajudar a cons-
truir um mundo melhor. Vamos
sempre estar dispostos a ajudar
os cooperativistas brasileiros a
construir um Brasil melhor.
A senhora disse que o Ano Inter-
nacional das Cooperativas trou-
xe oportunidades para o setor,
abrindo portas, mas se este mo-
vimento não for aproveitável,
essas portas podem se fechar.
Em sua opinião, quais as ques-
tões mais importantes a serem
alcançadas durante este ano?
O Ano Internacional das
Cooperativas foi um divisor
de águas em termos de coe-
são e confiança no movimento
cooperativista ao redor do mun-
do. Existe agora um maior en-
tendimento sobre o tamanho,
o escopo e a força do modelo
cooperativista, sua resiliência
em face à crise financeira dos
últimos cinco anos, sua susten-
tabilidade e seu papel em dirigir
a economia "real" em um mo-
mento em que o mercado global
está titubeando, as economias
estão lutando para sair da re-
cessão e há uma falta de con-
fiança no futuro. A lição-chave
do Ano Internacional é que o
movimento cooperativista está
em seu mais efetivo momento e
possui maior influência quando
se trabalha em união. O Ano In-
ternacional deu ao movimento a
habilidade de lançar uma déca-
da de crescimento cooperativo.
Em nossa Assembleia Geral em
Manchester (2012), os delega-
dos globais esmagadoramente
adotaram o "Plano para uma
Década Cooperativa". Isso esta-
belece prioridades-chave para
o movimento global, já que
queremos desenvolver nosso
modelo cooperativista com o
objetivo de, até 2020, ser o líder
reconhecido em sustentabilida-
de econômica, social e ambien-
tal; o modelo preferido pelas
pessoas; e a forma mais rápida
de crescimento empreendedor.
Essa é uma grande e ambi-
ciosa agenda. Em um mundo
onde as pessoas acreditam que
o modelo dominante de negócio
entrou em colapso, oferecemos
algo diferente. Proporcionamos
um modelo de propriedade de
cidadãos locais, mantendo a ri-
queza em comunidades locais
para as pessoas locais. Oferece-
mos a mais participativa forma
de negócio no mundo dos em-
preendimentos e um modelo
que prioriza as necessidades das
pessoas, ao invés do capital. En-
tão, nossa atenção está focada
em construir mais cooperati-
vas, aumentando nosso impacto
na economia global e o Plano é
projetado para estabelecer parâ-
metros para que isso seja feito. A
ACI está, neste momento, focada
em um plano detalhado de im-
plementação para esse trabalho.
Entretanto, não é um Plano para
a ACI, ele pertence a toda e ca-
da cooperativa e seus membros,
e nós devemos trabalhar juntos
para manter vivo este momento.
Como se sentiu ao participar da
Conferência Regional ACI Amé-
ricas no Brasil?
Eu considero as Américas
uma prioridade. A região tem o
movimento cooperativista mais
vibrante e em crescimento no
mundo. Nos últimos anos, par-
ticipei das Conferências da ACI
Américas no México, Argentina
"A Unimed
tem servido de
exemplo e está
obtendo sucesso."
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