Tão comum quanto as expectativas que mamães e papais têm em relação à chegada de um bebê, são as dúvidas sobre os mais variados assuntos, dentre os quais certamente está introdução correta do bebê aos alimentos à medida que ele vai amadurecendo.

Foi para falar deste tema e de assuntos relacionados que o Espaço Viver Bem - Casa Unimed realizou, no fim de fevereiro, mais uma edição do evento Oficina de Introdução Alimentar Complementar.

Quem deu início ao evento foi a odontopediatra Maria Cecília Lima, que falou do processo de formação dos primeiros dentinhos do bebê e que tipo de cuidados podem ser tomados para que essa formação aconteça da maneira mais sadia possível.

Ela citou quais os alimentos devem ser privilegiados nesse momento, caso de frutas e legumes e quais devem ser evitados, no caso, principalmente aqueles ricos em açúcares e reforçou a importância desses bons hábitos alimentares se perdurarem para o resto da vida daquele bebê: “É mais fácil construir bons hábitos do que corrigir maus hábitos”, completou.

Papo com a fonoaudióloga

Em seguida, a responsável por falar com os presentes foi a fonoaudióloga da Casa Unimed, Aline Soares. Em sua explanação, ela falou de algo que muitos pais não conhecem a importância: a atuação do fonoaudiólogo no processo de introdução alimentar.

Em sua fala, a profissional abordou assuntos como:

• A deglutição segura dos alimentos;
• Adequação e adaptação dos órgãos fonoarticulatórios (mobilidade tônus e sensibilidade) além do trabalho das funções orais;
• Teste da linguinha e sua capacidade em diagnosticar a necessidade o tratamento precoce das limitações dos movimentos da língua.

Ela defendeu, ainda, que, assim como acontece com os adultos, o ato de se alimentar é uma experiência que envolve fatores físicos, sociais, afetivos e cognitivos nos bebês e é muito importante que os pais busquem formas de trabalhar todos esses aspectos visando o melhor desenvolvimento da criança.

Por fim, ela falou sobre a seletividade alimentar, ou seja, a predisposição de a criança aceitar mais facilmente alguns alimentos em detrimentos de outros em sua dieta e as alternativas que os pais têm para ir quebrando essa dificuldade aos poucos e fazer da dieta da criança a mais rica possível.

Todos atentos às dicas da nutricionista

Um evento sobre introdução alimentar não poderia se encerrar sem a participação de uma nutricionista. É por isso que a profissional da Casa Unimed, Lídia Arruda, também falou aos presentes.

Ela abordou o processo de introdução alimentar dos bebês e defendeu que, ao contrário do que muitos pensam, não existe um período preestabelecido para que determinados alimentos sejam inseridos em sua alimentação.

É preciso acompanhar seu desenvolvimento para saber se é o momento de oferecer a ele outros alimentos além do leite materno. Para ela, a criança passa alguns sinais de que está preparada para este momento, como:

• Quando demonstra controle do pescoço;
• Quando consegue se sentar com o mínimo de apoio;
• Quando demonstra interesse na alimentação dos adultos;
• Quando começa a levar objetos à boca.

Por fim, ela defendeu que a aceitação da criança com frutas e legumes tem relação direta com a forma que a família lida com estes alimentos.

Para a profissional, a introdução destes alimentos na rotina das crianças precisa ser feita sem que nada seja forçado mas sim, adaptado a forma mais provável que ela possa aceitar no que diz respeito a textura, forma de cozimento etc. A nutricionista finalizou ressaltando que todo este processo deve acontecer de forma tranquila, sem distrações como TV e aparelhos digitais e, principalmente, respeitando o tempo da criança.

Ao final de cada explanação, as palestrantes abriram espaço para que os presentes pudessem tirar dúvidas e realizar comentários sobre os assuntos tratados, o que fez do evento ainda mais rico em troca de experiências e informações.