Como deve ser o comportamento dos profissionais de saúde? Essa foi a pergunta principal da palestra “O perfil do profissional de saúde e suas correlações comportamentais”, realizada pela Unimed Federação Centro Brasileira, na sexta-feira, 8 de abril, em parceria com a E-Talent, uma empresa especializada na Gestão do Comportamento.

A superintendente da Federação, Fabiana Daniel, abriu o evento virtual, que reuniu representantes da Federação e das Unimeds federadas, ressaltando a importância do tema. “Sabemos que a saúde tem suas peculiaridades e precisamos de colaboradores que entendam essas necessidades e estejam dispostos a se engajar, para que possamos cuidar de nossos clientes”.

O palestrante convidado foi o psicólogo Mário Braile, que tem especialização em Análise Transacional e Gestão de Pessoas e também possui MBA de Gestão de Negócios.

Ele explicou que, com a pandemia de Covid-19, muitos profissionais foram transferidos para setores de emergências, mas sem possuírem os treinamentos e comportamentos adequados. 

“O ser humano é adaptável e nós nos adaptamos à situação da pandemia, mas agora, com as flexibilizações, precisamos analisar se o lugar em que estamos é o mais correto para nós”, afirmou. 

É por isso que o autoconhecimento é importante, mas, além dele, os profissionais de Recursos Humanos também podem utilizar a ferramenta DISC. Trata-se de um inventário de comportamento, com um conjunto de perguntas estratégicas que são analisadas por um algoritmo. No relatório final, a pessoa pode ser caracterizada com diferentes níveis a respeito da introversão; extroversão e assertividade, por exemplo.

“Todos têm potencial para o sucesso, mas alguns vão alcançar de forma mais rápida ou mais lenta. Tudo dependerá do perfil de trabalho ao qual essa pessoa está se direcionando e se para ela isso é prazeroso ou quanto esforço e sacrifício terá que fazer”, acrescentou o especialista, que conta com mais de 35 anos de experiência no mercado corporativo de grandes empresas. 

Segundo ele, para os profissionais de saúde, por exemplo, é importante ter algumas características. São elas: interesse pelo bem-estar alheio, equilíbrio emocional, atenção, sensibilidade e facilidade para se comunicar. Tudo isso sem se esquecer da capacidade de atuar sob pressão. 

“Temos que nos lembrar, porém, que não estamos falando de bom ou mau comportamento e, sim, de comportamento adequado ou inadequado. Precisamos sempre analisar o perfil certo para a função certa”, finalizou.