Março Lilás: câncer de colo do útero deve afetar mais de 17 mil mulheres em 2025 - Unimed Cerrado

Março Lilás: câncer de colo do útero deve afetar mais de 17 mil mulheres em 2025

Dados do INCA mostram que doença é um dos tipos de câncer mais comuns entre as mulheres. Para ginecologista Leandro Urzeda, dano da doença vai muito além dos prejuízos físicos
        14 de março, 2025


 

O Março Lilás, que faz referência ao Mês da Mulher para reforçar a prevenção do câncer de colo do útero, é uma campanha de extrema relevância no Brasil. Isso porque a doença é considerada uma das principais causas de morte por câncer entre as mulheres no Brasil. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 17 mil novos casos são diagnosticados anualmente. Ainda assim, o câncer de colo do útero pode ter um aspecto evitável, como explica o médico ginecologista cooperado da Unimed Cerrado, Leandro Urzeda. “A principal causa conhecida é a alteração celular causada por alguns tipos de vírus HPV (papiloma vírus humano)”, pontua.

De fato, estudos apontam que cerca de 20% dos cânceres humanos são causados por vírus e que, destes, 50% são provocados pelo HPV. Nesse cenário, é importante destacar que a principal forma de combate ao vírus é a vacina, que serve também de prevenção para o câncer. No entanto, o ginecologista ressalta que novas teorias de causalidade do câncer de colo do útero têm sido discutidas pela comunidade médica e científica.
O que é o Março Lilás e o câncer de colo do útero?

Com a campanha Março Lilás, especialistas buscam reforçar a importância da prevenção, do rastreamento e do tratamento precoce do câncer de colo do útero. De acordo com o ginecologista Leandro Urzeda, a doença "é uma neoplasia que se desenvolve a partir de alterações em células presentes no colo do útero por múltiplos fatores, podendo se espalhar para órgãos pélvicos e outros sistemas do corpo". Porém, o problema é que, em estágios iniciais, a doença pode não apresentar sintomas, tornando o rastreamento fundamental para o diagnóstico precoce. Nesse cenário, a rotina de cuidados com a saúde se prova uma aliada indispensável para a mulher.

Como identificar e diagnosticar?

Como o especialista frisa, o câncer de colo do útero pode ser assintomático em sua fase inicial, mas, em estágios mais avançados, pode causar sangramento vaginal anormal, dor pélvica e desconforto durante a relação sexual. Diante disso, a realização de exames de rotina serve como outra boa prevenção. "O diagnóstico é feito mediante biópsia da lesão suspeita do colo uterino, geralmente descoberta após exames de rastreamento, sendo o principal deles a Colpocitologia Oncótica, mais conhecido como Papanicolau", explica o especialista.

O tratamento pode preservar o útero?

Dentre os desdobramentos mais assustadores desse tipo de tumor está a ameaça à integridade do útero da mulher e, consequentemente, à sua capacidade reprodutiva. Como o ginecologista Leandro Urzeda pontua, é possível tratar o câncer de colo do útero preservando o órgão. Contudo, o médico ressalta que tudo depende do estágio da doença. "Em casos iniciais, é possível tratar apenas retirando toda a lesão no colo. No entanto, em casos mais avançados, a retirada do útero pode ser necessária para preservar a saúde da mulher", afirma Urzeda. Ele esclarece ainda que as opções terapêuticas incluem cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

Impactos na vida da mulher

Cabe ressaltar que a importância da conscientização sobre a doença vai dos números de casos ou mesmo de seus efeitos físicos. Como afirma o especialista, é importante notar que o câncer de colo do útero também tem forte impacto emocional e social. "A descoberta de um câncer é sempre traumática. No caso do colo uterino pode comprometer a vida reprodutiva, sexual e até mesmo atividades diárias simples, dependendo do estágio em que é descoberto e do tratamento mais adequado", reforça Urzeda.

Principais dúvidas sobre o câncer de colo do útero

Diante do impacto causado pelo câncer de colo do útero na vida da mulher, o médico cooperado da Unimed Cerrado, Leandro Urzeda, também esclarece algumas dúvidas sobre o assunto. Como ele explica, toda mulher pode desenvolver uma neoplasia, mas o risco é maior para mulheres que nunca realizaram exames preventivos ou que tiveram múltiplos parceiros sexuais sem uso de preservativo, por exemplo.

Mais do que isso, ele destaca que a imunização contra o HPV é uma excelente forma de prevenção, pois a vacina quadrivalente protege contra os principais tipos de papiloma vírus humano associados ao câncer de colo do útero. Ele reforça ainda que o imunizante é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 14 anos e meninos da mesma faixa etária.

Com relação à cura, ele pontua que as probabilidades são maiores quando a descoberta é feita precocemente e que a Colpocitologia Oncótica - também conhecida como exame Papanicolau - é o principal método de rastreamento e pode identificar lesões antes mesmo da evolução para um câncer.
Por fim, o ginecologista frisa que o câncer de colo do útero é uma doença silenciosa, mas altamente evitável. Sendo assim, com prevenção, vacinação e exames regulares, é possível reduzir significativamente os casos e salvar milhares de vidas todos os anos.

 

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