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Amamentação e Covid-19

Com a chegada da pandemia do novo coronavírus, muitas dúvidas começaram a surgir acerca da relação entre amamentação e a Covid-19, causando apreensões nas mães que contraíam ou temiam contrair o vírus.
Texto: Maicon Costa
Design: Juliana Vieira
        05 de agosto, 2021

O aleitamento materno é indispensável para a saúde das mães e dos bebês, conferindo diversos benefícios às crianças, como redução do risco de doenças, já que aumenta a imunidade, sendo também fonte de quantidades ideais de proteínas, açúcares, gorduras, energia, minerais e vitaminas, além de conferir sensação de aconchego e segurança. Para as mães, o ato de amamentar gera bem-estar emocional, auxilia na adequação do peso, contração uterina, além de reduzir o risco de câncer de mama.

O aleitamento materno deve ser a forma de alimentação exclusiva e de livre demanda do bebê desde o seu nascimento, considerada hora de ouro, e estendida até seus primeiros seis meses de vida, já que o leite materno confere tudo que a criança necessita para se desenvolver nesse período.

Com a chegada da pandemia do novo coronavírus, muitas dúvidas começaram a surgir acerca da relação entre amamentação e a Covid-19, causando apreensões nas mães que contraíam ou temiam contrair o vírus.

 

A Covid-19 pode ser transmitida da mãe para o bebê por meio da amamentação?

Esta é uma das principais dúvidas das mães, em especial aquelas que contraíram o vírus durante a fase de aleitamento. Mas apesar dos temores, não há comprovação de que a Covid-19 possa ser transmitida da mãe para o bebê por meio da amamentação.

Sendo assim, é importante que a amamentação do bebê continue mesmo que as mães estejam com suspeita ou testem positivo para a Covid-19, até mesmo porque os benefícios do aleitamento superam os ricos de transmissão do vírus. Apesar disso, é importante que, nessas situações, as mães tomem os cuidados necessários, como utilização de máscara (e troca das mesmas quando úmidas) e higienização constante das mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%.

Também é importante frisar que caso a mãe não esteja se sentindo bem para amamentar, ela pode realizar a retirada do leite, delegando a tarefa de aleitamento para outra pessoa, desde que se respeite todas as medidas sanitárias necessárias.

Além disso, as mães devem manter suas camas a pelos menos um metro de distância dos berços de seus bebês. Em casos de mães contaminadas, essas precauções devem ser tomadas por pelo menos dez dias em casos mais leves da Covid-19 e até por 20, dependendo da severidade da doença. Em alguns serviços, a orientação é dos 20 dias, independentemente da intensidade de manifestação do coronavírus.

 

Criação de anticorpos

Uma revisão da literatura científica feita por pesquisadoras do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e publicada na revista Physiological Reports mostrou que ainda que as moléculas presentes no leite materno conferem proteção ao intestino, estimulando o sistema imune, reforçando o corpo da criança contra infecções virais.

O artigo Breastfeeding importance and its therapeutic potential against SARS -Cov-2 apontou também que o leite produzido por mães que se recuperaram da Covid-19, apresentava anticorpos do tipo imunoglobulina A (IgA), que, somados a outros componentes poderiam prevenir a infecção pelo novo coronavírus ou reduzir a severidade da doença.

Mesmo com todas as orientações que incentivam a continuidade da amamentação, é importante que as mães procurem profissionais de saúde que trabalhem com aleitamento materno, visto que, mesmo com todos os medicamentos receitados para tratamento de pacientes com Covid-19 sendo compatíveis com a amamentação, pode haver a prescrição de remédios que não indicados durante a amamentação.

 

Vacinação e aleitamento

Outra questão que tem levantado dúvidas é a respeito da vacinação contra a Covid-19 e como ela pode afetar no aleitamento materno. Apesar de ainda não haver estudos tão completos acerca dos efeitos destes imunizantes nas lactantes, outras vacinas que já foram utilizadas contêm o vírus inativado, ou morto, que faz o organismo pensar que estes ainda ameaçam um risco e desencadeiam o processo de proteção. Sendo assim, elas não representam perigo para os bebês a partir do leite materno.

Além disso, é possível que o bebê receba anticorpos criados pela vacina aplicada em suas mães, pelo leite materno, conferindo, assim, proteção à criança. Portanto, ao serem vacinadas, as mães não devem interromper a amamentação de seus filhos.

 

Será que eu posso amamentar? Será que eu tenho leite?

Várias mamães se questionam quanto a sua produção de leite durante amamentação e acham que não estão produzindo o leite em quantidade adequadas para seus bebês. É importante lembrar que a capacidade gástrica do bebê no começo é bem pequena e que a produção de leite aumenta de acordo com a oferta das mamadas em livre demanda.

É importante ressaltar também que mulheres com mamas planas e invertidas também podem amamentar com sucesso e que em todos os casos é sempre importante se atentar aos ajustes de: posicionamento materno, posicionamento do bebê, pega adequada, reflexo de ejeção do leite, estado das mamas (que não devem estar ingurgitadas no momento da pega), qualidade da mamada. Pequenos ajustes e avaliação da mamada levam a uma amamentação de sucesso. 

Aos poucos as mamães vão conhecendo melhor seus bebes e rotinas vão se estabelecendo através de observação de choramingos ou pequenos sinais que os pequeninos dão de alerta quando estão querendo um colinho e uma mamada.

 

Laços de amor

O período entre gestação e amamentação é um dos mais importantes na relação mãe e filho, tanto na questão física, de saúde e desenvolvimento, como na emocional, com a criação de um laço indestrutível, um laço de amor.

É por esses motivos que a Unimed Inconfidentes conta com o programa Laços de Amor, que busca levar mais que acompanhamento médico a mães e bebês. Entendemos que uma fase tão importante necessidade de cuidado, atenção integral, acolhimento e tranquilidade, que só podem ser alcançadas com um atendimento profissional, próximo e humano.

Para saber mais e se inscrever no programa Laços de Amor, basta clicar aqui e acessar a página dedicada a ele em nosso site. Ressaltamos a importância de que, em casos de dúvidas, sempre converse com o pediatra ou sua equipe de saúde. Estamos com vocês. Vamos juntos nesta jornada de amor.