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Em comemoração ao Dia Mundial da Saúde Baseada em Evidências, celebrado em 20/10, a Unimed Fesp e a Unimed do Brasil se uniram para promover, nos dias 22 e 23/10, de forma on-line, o 3° Painel Internacional de Prática Baseada em Evidências.
Com a presença de especialistas da área de diversos países, o evento tem como objetivo promover o debate e a troca de experiências e perspectivas sobre a prática baseada em evidências, como forma de estimular boas práticas na gestão e assistência à saúde.
Na abertura do evento, o presidente da Unimed Fesp, Dr. Eduardo Ernesto Chinaglia, ressaltou a importância de promover um espaço para a discussão dos temas. “Este evento tem o objetivo de estimular o uso desse recurso para promover uma assistência de alta qualidade em todos os aspectos”, pontuou.
Com mediação do coordenador do Programa de Medicina Baseada em Evidências da Unimed Fesp, Prof. Dr. Wanderley Marques Bernardo, o primeiro dia do evento contou com quatro apresentações e comentários de profissionais referências na área.
Perspectivas do uso de inteligência artificial na prática em saúde baseada em evidência científica
A primeira palestra do dia foi apresentada pelo Prof. Dr. Aldemar Araújo Castro, professor, pesquisador e extensionista, que abordou as perspectivas do uso de inteligência artificial na prática em saúde baseada em evidência científica. Em sua explicação, o palestrante reforçou que a inteligência artificial (IA) generativa é um ponto fundamental nas etapas de planejamento, execução e divulgação de uma pesquisa.
"A IA generativa pode avançar, ganhar tempo e até dar ideias de como o pesquisador pode interpretar. Ou seja, em cada das etapas, a IA generativa é talvez o melhor auxiliar do pesquisador", destacou.
Sobre o assunto, o comentarista Me. Diego Bernardo, consultor na Boston Consult (EUA), destacou os riscos e desafios da implementação da IA nessa área, como resultados tendenciosos, privacidade do paciente, opacidade e mau uso ou dependência excessiva do recurso.
Papel das diretrizes baseadas em evidências na homogeneização da prática
Na segunda apresentação, o Prof. Dr. Rodrigo Pardo, membro e colaborador do GIN e Redeguias Ibero-Americanas e Professor do Departamento de Neurologia e do Instituto de Pesquisa Clínica da Universidade Nacional da Colômbia, destacou o papel das diretrizes baseadas em evidências na homogeneização da prática.
Segundo ele, uma das formas de melhorar os resultados clínicos, econômicos e relatados pelos pacientes com os recursos disponíveis é padronizar as práticas clínicas baseadas em evidências com estratégias diversas.
Após a apresentação, o Prof. Dr. Airton Stein, professor titular de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, comentou sobre a metodologia Grade Adolopment, que consiste em adotar, adaptar ou criar recomendação contextualizada a partir de diretrizes clínicas e evidências sintéticas. "Hoje em dia se tem trabalhado muito com essa metodologia, que é fundamental, baseada em critérios de decisão, que provou ser útil e factível para desenvolvedores de diretrizes clínicas", disse.
A importância da coleta de dados locais e regionais em práticas e/ou orientações baseadas em evidências
Na sequência, a Prof. Dra. Deana Baptiste, Senior Director and Guidelines Development, abordou a importância da coleta de dados locais e regionais em práticas e/ou orientações baseadas em evidências.
Em sua apresentação, a palestrante reforçou que cada comunidade tem uma demografia única e determinantes sociais de acesso aos cuidados de saúde, que podem influenciar de maneira significativa a assistência médica. "O que os dados locais e regionais nos dão? Um entendimento contextual, principalmente na fase de escopo do desenvolvimento de diretrizes e guias", refletiu.
Complementando, o Prof. Dr. Cesar Carcamo, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Desarrollo (CAS-UDD)e atual Presidente da Associação Chilena para o Estudo da Dor e Cuidados Paliativos (ACHED-CP), destacou etapas de um estudo realizado no Chile sobre cuidados paliativos profissionais.
Desenvolver ou adaptar diretrizes baseadas em evidências já elaboradas?
Encerrando a programação do primeiro dia do painel, o Prof. Dr. Ignácio Marín León, pesquisador em projetos europeus relacionados à gestão do conhecimento em medicina e diretrizes de prática clínica, apresentou a palestra "Desenvolver ou adaptar diretrizes baseadas em evidências já elaboradas?".
Em sua apresentação, o palestrante pontuou que a adaptação de uma diretriz é um processo transcontextual. "Existem importantes diferenças organizacionais e culturais entre países e organizações. Então, é preciso ter muito cuidado com esse aspecto", explicou.
Dra. Julia Simões Correa Galendi, consultora de avaliação de tecnologias em Saúde na Unimed do Brasil, complementou a apresentação, destacando: "as vantagens de adaptar uma diretriz são muitas, incluindo a economia de recursos, porque construir uma diretriz do zero é um processo que demanda muito tempo, dinheiro, equipes multidisciplinares. E a adaptação, por outro lado, permite aproveitar o conhecimento científico já existente e desenvolvido, economizando recursos significativos".
Confira o segundo dia do 3º Painel Internacional de Prática Baseada em Evidências
Dr. Wanderley Bernardo realizou a abertura
A programação desta quarta-feira, 23/10, segundo e último dia do 3º Painel Internacional de Prática Baseada em Evidências, teve início às 9h. A abertura foi realizada pelo Dr. Wanderley Bernardo, coordenador do Programa de Medicina Baseada em Evidências da Unimed Fesp.
Prof. Dr. Joseph Mathew e Prof. Dr. Carlos M. Sagasta
A primeira palestra foi apresentada pelo Prof. Dr. Joseph Mathew, do PGIMER Chandigarh. Entre os tópicos citados durante sua apresentação sobre como manter atualizadas as diretrizes baseadas em evidências, Joseph explicou os 3 modelos de diretrizes: “o primeiro é começar do zero, o segundo é estabelecer diretrizes baseadas em evidências já existentes, e o terceiro é aquele no qual se usa uma diretriz estabelecida e a modifica de acordo com o que se encaixa no seu contexto”.
O comentarista Prof. Dr. Carlos M. Sagasta, da Universidade del Salvador (Argentina) destacou que “as diretrizes de prática baseada em evidências são o ponto inicial para o cuidado padronizado”.
Diretrizes como instrumento de redução das desigualdades em saúde
A segunda apresentação tratou sobre as diretrizes como instrumento de redução das desigualdades em saúde e contou com a participação da Prof. Dra. Nafsin Nizum, diretora associada de Pesquisa e Desenvolvimento de Diretrizes, Relações Internacionais (IaBPG), e de membros do grupo canadense Registered Nurses Association of Ontario (RNAO).
Nafsin pontuou que, "embora as diretrizes sejam importantes para lidar com a equidade, elas não impulsionam as mudanças por si, por isso existe a necessidade das políticas”.
A representante da RNAO afirmou que uma das áreas que elas estão focando é no trabalho de defender as enfermeiras. “Para a conquista de igualdade é preciso ter políticas fortes e diretrizes de melhores práticas.
Comunicação e uso de evidências nos sistemas de saúde
O Prof. Dr. António Vaz Carneiro, diretor da Cochrane Portugal, falou sobre a comunicação e uso de evidências nos sistemas de saúde e a dificuldade em se entender os números. “Se não tivermos um denominador não somos capazes de avaliar as probabilidades...” Na ocasião, ele também citou como exemplo a Covid-19. “Só eram divulgados os números de mortos e nunca se relacionava estes números ao total da população”
Prof. Dr. Ojino Sosa
O Prof. Dr. Ojino Sosa, chefe da Divisão de Educação Permanente em Saúde (México), atentou para um outro ponto: “as evidências não devem ser comunicadas apenas aos tomadores de decisões, mas também aos profissionais da saúde para que consigamos realizar um trabalho colaborativo entre as áreas”.
Iniciativas globais em práticas e/ou diretrizes baseadas em evidências
A Profa. Dra. Lubna A. Al-Ansary, da King Sound University (Arábia Saudita) conduziu a última palestra da programação. Ela falou sobre as iniciativas globais em práticas e/ou diretrizes baseadas em evidências e destacou: “a evidência tem o poder de decidir o que é certo ou errado, além de democratizar o processo de tomada de decisão”.
Dr. Miguel Zerati, diretor de DHI da Fesp
Após as apresentações, o Dr. Wanderley Bernardo, coordenador do Programa de Medicina Baseada em Evidências da Unimed Fesp, levantou diversos questionamentos a respeito dos temas tratados, a fim de que cada palestrante pudesse complementar sua opinião. O Dr. Miguel Zerati, diretor de DHI da Fesp, finalizou o encontro falando sobre a evolução do evento: “avançamos muito na realização desses três encontros. No ano que vem, certamente iremos promover o 4º Painel”.
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