Notícias

Nefrologista da Unimed Bauru reforça campanha do Dia Mundial do Rim

O objetivo da campanha é conscientizar a população sobre a importância da detecção precoce e da prevenção da doença renal.
        26 de março, 2025


Os rins desempenham um papel vital no organismo, sendo responsáveis pela filtragem do sangue, eliminação de toxinas geradas pelo metabolismo, correção do pH e equilíbrio da quantidade de água, sal e outros minerais. No entanto, a doença renal é um grave problema de saúde pública, afetando 850 milhões de pessoas em todo o mundo e causando de 5 a 11 milhões de mortes anualmente. Estima-se que, até 2040, ela se torne a 5ª principal causa de morte globalmente.

Diante desse cenário alarmante, é realizado no dia 13 de março o Dia Mundial do Rim, uma iniciativa promovida internacionalmente e nacionalmente (aqui no Brasil pela Sociedade Brasileira de Nefrologia). O objetivo da campanha é conscientizar a população sobre a importância da detecção precoce e da prevenção da doença renal.

Doença silenciosa

O nefrologista da Unimed Bauru, André Lopes, explica que o adoecimento dos rins acontece de forma silenciosa, pois “os sintomas e os sinais aparecem tardiamente quando a doença já está muito avançada e por esse motivo é importante o diagnóstico precoce, evitando a evolução da doença para o estado terminal”, destaca.

Assim, o diagnóstico da doença é realizado por meio de dois exames simples: a dosagem de creatinina no sangue e o exame de urina tipo 1. A creatinina é uma substância que deveria ser filtrada pelos rins e, quando se apresenta em níveis elevados, pode indicar insuficiência renal. Já o exame de urina pode detectar a presença de proteínas ou sangue, sugerindo lesões ou disfunções renais.

Desafios no tratamento da insuficiência renal

Nos casos mais graves, o tratamento pode exigir a substituição do rim por meio de transplante renal, uma opção que nem sempre está disponível para todos os pacientes, ou a realização de hemodiálise e diálise peritoneal, procedimentos que filtram e limpam o sangue.

No Brasil, cerca de 50 mil pessoas morrem anualmente antes de ter acesso à diálise ou ao transplante devido à longa espera pelo tratamento. Segundo o médico, essa realidade é ainda mais crítica em regiões vulneráveis. “O que mais ocorre é a falta de vagas para hemodiálise e diálise peritoneal”, alerta.
Prevenção e hábitos saudáveis

Como a maioria das doenças renais é consequência de outras condições crônicas, como hipertensão arterial, diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade e histórico familiar de doença renal, a prevenção passa pelo controle desses fatores de risco.

A recomendação dos especialistas é manter um estilo de vida saudável, com uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, hidratação adequada e acompanhamento médico periódico. Identificar a doença renal em estágios iniciais pode fazer toda a diferença na qualidade de vida e na sobrevida dos pacientes.

A campanha do Dia Mundial do Rim reforça a necessidade de atenção à saúde renal e incentiva a realização de exames preventivos, promovendo maior conscientização sobre a importância desse órgão essencial para o funcionamento do organismo.

 

Fonte: Unimed Bauru