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Segundo dia do Clic 2024

Inteligência artificial na saúde e soluções inovadoras estão na pauta
        10 de maio, 2024

O segundo dia do Clic 2024 começou com a participação de Cesar de La Fuente, que é professor assistente presidencial na Universidade da Pensilvânia, e abordou o tema da Inteligência Artificial para descoberta de antibióticos.

Após trazer o contexto de que as infecções bacterianas matam 5 milhões de pessoas por ano, Cesar mostrou como o trabalho feito em seu laboratório tem descoberto potencial a partir do uso de IA para descobrir moléculas novas. “Já sintetizamos moléculas que foram descobertas por IA e identificamos aquelas com grande potencial antibacteriano, pois os resultados já foram positivos em testes com animais”, explicou.

Ao destacar que essa é uma área muito jovem e que segue amadurecendo, o professor lembrou que a pesquisa atua explorando moléculas dos organismos modernos e, também, de seres extintos como os hominídeos Neandertais, e obtendo bons resultados, contando com a IA na hora de minerar esses organismos. “É possível explorar antibióticos antigos e extintos e utilizá-los para desenvolver tratamentos atuais”.
 

Mesa discute colaboração e inovação: promovendo o intercâmbio de soluções para superar desafios na saúde

A moderadora Julia Burza, gerente de Produtos de Inovação & Parcerias no Learning Village, atuou como moderadora sobre o tema da colaboração, e tendo como debatedores Raquel Moyses, que é mestre em saúde pública e idealizadora da Curar Educação em Saúde, e Leslie Clemence, consultor da Faculdade Unimed.

A moderadora trouxe a questão da responsabilidade na aplicação da inovação, assim como um olhar para o custo e a efetividade. Para Leslie, a tecnologia proporciona mais tempo ao médico para realizar um atendimento mais holístico junto ao paciente, e ressaltou que a Faculdade Unimed está criando um hub de algoritmos e soluções para compartilhar dentro do Sistema. Em sua visão, a IA veio pra otimizar e melhorar a assistência a saúde.

Segundo Raquel, na saúde, o desafio é aplicar esse recurso com segurança para o paciente, sendo que, muitas vezes, nem todos os atores do processo de assistência são ouvidos no desenvolvimento das ferramentas. Para ela, um plano de inovação não tem muito valor se não houver, por trás, uma cultura de inovação e tendo consciência da regulamentação e da jornada do paciente.
 

Técnicas de storytelling para engajamento

A jornalista Maria Tereza Gomes, ao falar sobre o uso de storytelling, destacou que, em tempos de inteligência artificial, será cada vez mais importante utilizarmos habilidades humanas e, dentre elas, a comunicação. O storytelling entra como uma ferramenta que, segundo ela, promove uma comunicação eficaz, conexão emocional, ensino e aprendizado, persuasão, comunicação de marca, liderança e partilha de cultura.

Maria destacou algumas técnicas, a influência do mito do herói ao contar boas histórias e como, hoje em dia, ganha quem tiver a melhor narrativa. “A sua história não precisa ser uma saga, mas emocionar, ajudar a mudar opiniões e entender o mundo. O storytelling requer uma boa história, com autenticidade e simplicidade”, considerou.