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Palavras salvam vidas!

Diga SIM à doação de órgãos e comunique sua família!
        01 de agosto, 2023
VOCÊ SABIA?
8 pessoas podem ser salvas por um único doador e hoje mais de 40% das famílias não autorizam a doação de órgãos.

Milhares de pessoas aguardam por um órgão. Há somente doadores para pouco mais da metade delas. Você pode salvar os que ainda aguardam na fila. Os transplantes são a melhor ou a única alternativa para salvar quem está doente dependendo de uma doação para sobreviver. A doação e os transplantes são realizados com sucesso e reintegram o paciente à sociedade produtiva, com conforto e felicidade para todos de sua família.

De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), 43% das famílias de possíveis doadores negam a doação de órgãos. Isso acontece pela falta de informação. A legislação brasileira não possibilita que alguém deixe nada por escrito autorizando a doação. Somente a família pode tomar essa decisão e, quando a pessoa não avisa, a família fica em dúvida.

Quando é possível doar?

A doação de órgãos e tecidos pode ocorrer após a constatação de morte encefálica, que é a interrupção irreversível das funções cerebrais, ou em vida. No primeiro caso, o doador é capaz de salvar a vida de oito pessoas, ou melhorar a qualidade de vida de mais de 20.

Para mudar este quadro e permitir que cada vez mais pessoas tenham uma nova oportunidade é essencial disseminar informação e desmistificar mitos sobre o assunto. Segundo a Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos, 50% das mortes encefálicas não são notificadas e não há religião que proíba a doação.

Algumas informações importantes:

• Se você está doente ou ferido e foi admitido no hospital, a prioridade número um é salvar a sua vida. A doação de órgãos somente será considerada após sua morte e após o consentimento de sua família;

• As religiões enxergam a doação como um ato de caridade e amor ao próximo;

• Pessoas de todas as idades e históricos médicos podem ser consideradas possíveis doadoras. Sua condição médica no momento da morte determinará quais órgãos e tecidos poderão ser doados;

• O diagnóstico de morte encefálica faz parte da legislação nacional e do Conselho Federal de Medicina. Dois médicos em diferentes momentos examinam o paciente e fazem o diagnóstico clínico de morte encefálica. Um exame gráfico, como ultrassom com Doppler ou arteriografia e eletroencefalograma, é realizado para comprovar que o encéfalo já não funciona;

• Os transplantes ocorrem por meio de uma cirurgia tradicional e, ao fim do procedimento, o corpo é reconstituído, podendo ser velado normalmente;

• Os órgãos são transplantados para os primeiros pacientes compatíveis que estão aguardando em lista única da central de transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado. Esse processo, além de justo, é controlado pelo Sistema Nacional de Transplantes e supervisionado pelo Ministério Público;

• O programa nacional de transplantes segue um protocolo e uma organização preestabelecida. Cada estado tem uma central de organização, que coordena a captação de órgãos e as pessoas em fila.

Como funciona a doação de órgãos?

A doação de órgãos ou de tecidos é um ato pelo qual manifestamos a vontade de doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no tratamento de outras pessoas. A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvula cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue do cordão umbilical).

Como posso ajudar?

Além de deixar claro para todos os seus familiares sobre o seu desejo, você também pode ajudar a causa. Dissemine essas informações com os seus amigos, compartilhe o site, coloque em suas redes sociais informações úteis e inspire sua rede de contatos. A informação é a melhor maneira de divulgar sobre a importância da doação.

Por que ser um doador de órgãos?

A doação de órgãos pode prolongar a vida ou melhorar a qualidade de vida do transplantado. A família do paciente que registrou morte encefálica pode optar pela doação e, com isso, saber que está beneficiando outras pessoas. No Brasil, mais de 30 mil pessoas aguardam um transplante de órgãos. Muitas vezes o transplante de órgãos pode ser única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação.

Converse com sua família

Para ser doador de órgãos você precisa conversar com a sua família e deixar bem claro o seu desejo, porque é ela quem decide sobre a doação. Não é necessário nenhum documento escrito e nem registrado em cartório.

No momento da abordagem em caso de morte encefálica, a família é que é questionada sobre o desejo de doar os órgãos. Por isso é muito importante você deixar claro o seu desejo.

A legislação em vigor determina que a família será a responsável pela decisão final, não tendo mais valor a informação de doador ou não doador de órgãos, registrada no documento de identidade.

Mitos e verdades sobre a doação de órgãos:

MITO | Morte encefálica é igual a coma

Não, a morte encefálica é diferente do coma. No coma, as células cerebrais continuam vivas, executando suas funções. O que ocorre é uma falha de integração entre o indivíduo e tudo que o rodeia. Na morte encefálica, as células nervosas estão sendo rapidamente destruídas, o que é irreversível.

MITO | Somente pessoas jovens podem doar órgãos

Não. A idade não é fator limitante para a doação de órgãos. Uma pessoa acima de 70 anos, por exemplo, pode doar rins, fígado e córneas. Após a família autorizar a doação, alguns exames são realizados para verificar a viabilidade de cada órgão ser doado.

MITO | Quem tem hepatite não pode ser doador de órgãos

Existem pessoas aguardando pelo transplante que também tiveram a doença e poderão ser receptores.

MITO | Se os médicos do setor de emergência souberem que você é um doador, não vão se esforçar para salvá-lo

Se você está doente ou ferido e foi admitido no hospital, a prioridade número um é salvar a sua vida. A doação de órgãos somente será considerada após sua morte e após o consentimento de sua família.

MITO | Quando você está esperando um transplante, sua condição financeira ou seu status é tão importante quanto sua condição médica

Quando você está na lista de espera por uma doação de órgão, o que realmente conta é a gravidade de sua doença, tempo de espera, tipo de sangue e outras informações médicas importantes.

MITO | A doação dos órgãos desfigura o corpo e altera sua aparência na urna funerária

Os órgãos doados são removidos cirurgicamente, numa operação de rotina, similar a uma cirurgia de vesícula biliar ou remoção de apêndice. Você poderá até ter sua urna funeral aberta.

MITO | Sua religião proíbe a doação de órgãos

Todas as organizações religiosas aprovam a doação de órgãos e tecidos e a consideram um ato de caridade.

MITO | Somente coração, fígado e rins podem ser doados

Dentre os órgãos vascularizados, pode haver doação de coração, pulmão, fígado, rim, pâncreas e intestino. Entre os tecidos, podem-se doar as córneas, pele, ossos e vasos sanguíneos. Além da medula óssea, que mais se assemelha com a doação de sangue, já que o doador se cadastra em um banco medula e só é chamado para fazer a doação quando houver compatibilidade do paciente. Segundo dados do Ministério da Saúde, atualmente a principal fila de espera é para o transplante de rim.

MITO | Há um verdadeiro perigo de alguém ser drogado e, quando acordar, encontrar-se sem um ou ambos os rins, removidos para ser utilizado no mercado negro dos transplantes?

Essa história tem sido largamente veiculada pela Internet. Não há absolutamente qualquer evidência de tal atividade ter ocorrido. Mesmo soando como verdadeira, essa história não se baseia na realidade dos transplantes de órgãos.

VERDADE | Milhares de vidas podem ser salvas por meio da doação de órgãos e tecidos

A doação de órgãos é um ato de consciência e amor ao próximo. Todos os anos, milhares de vidas são salvas por meio desse gesto. Mesmo assim, no Brasil, cerca de 30 mil pessoas estão à espera de um órgão e a doação é essencial para que elas possam ter a oportunidade de uma nova vida.

VERDADE | Avisar a família é o primeiro passo de quem quer ser um doador

É importante você falar para a sua família que deseja ser um doador de órgãos, para que após a sua morte, os familiares (até segundo grau de parentesco) possam autorizar, por escrito, a retirada dos órgãos. A legislação brasileira hoje não reconhece documentos, mesmo que registrados em cartório.

VERDADE | Nem todos são aptos para serem doadores de órgãos

Portadores de doenças infectocontagiosas, como soropositivos ao HIV, hepatites B e C, Doença de Chagas, entre outras, têm restrições para serem doadores. Pessoas com doenças degenerativas crônicas ou tumores malignos, além de pacientes em coma ou que tenham sepse ou insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas (IMOS) também serão avaliados. Entretanto, é importante ressaltar que todos passarão por uma criteriosa análise e o primeiro passo é o consentimento da família.

VERDADE | É possível ser doador de órgãos em vida

O doador vivo é um cidadão juridicamente capaz, que, nos termos da lei, pode doar órgão ou tecido sem comprometimento de sua saúde e aptidões vitais. Deve ter condições adequadas de saúde e ser avaliado por médico para realização de exames que afastem doenças que possam comprometer sua saúde, durante ou após a doação. Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores.