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Voltar Procedimento de alta complexidade neurocirúrgica é realizado no Complexo Hospitalar Unimed Vale do Sinos

Procedimento de alta complexidade neurocirúrgica é realizado no Complexo Hospitalar Unimed Vale do Sinos

Uma das cirurgias neuro-oncológicas, chamada biópsia estereotáxica para tumor cerebral, é extremamente precisa e auxilia na identificação do tumor
        12 de janeiro, 2024
Mais um ponto para inovação, tecnologia e humanização para o Complexo Hospitalar Unimed Vale do Sinos. O local foi escolhido pelo neurocirurgião oncológico, dr. Richard Giacomelli, para receber um procedimento de alta complexidade de um paciente neuro-oncológico.

Conforme explica o dr. Giacomelli, o procedimento já começa a ser realizado durante a tomografia, onde é implantado um halo na cabeça do paciente. “O halo é fixado no crânio, o qual normalmente fazemos sob anestesia geral e, eventualmente, é feito com anestesia local, caso seja necessário que o paciente esteja acordado para testagem motora e funcional durante a cirurgia”, conta. “Após, é feita uma nova tomografia com esse halo, o qual, através do princípio de coordenadas cartesianas (X, Y e Z), chegamos a alvos calculados com grande precisão (milimétrica). É um equipamento isocêntrico, cabendo ao neurocirurgião escolher o ponto de entrada e desenhar toda a trajetória da agulha de biópsia até o alvo central, minimizando de forma bem importante os riscos de lesões a estruturas vitais e eloquentes (funcionais). No software da tomografia, após a implantação do halo estereotáxico, são realizados os cálculos de entrada, trajetória e alvo, juntamente com a fusão de imagens da ressonância magnética prévia. Assim, adquirimos uma imagem de alta precisão neurocirúrgica”, completa. Após a tomografia, o paciente é encaminhado ao Bloco Cirúrgico para seguir com o procedimento da biópsia cerebral orientada pelo sistema previamente implantado e calculado.
 

Imagem de tractografia (ressonância magnética do crânio) para fusão com a
tomografia após a implantação do halo estereotáxico

Os desafios de um procedimento de alta complexidade
“O principal desafio é não causar dano ao paciente, já que é uma área muito nobre”, destaca o neurocirurgião oncológico. Além disso, o segundo maior desafio é encontrar a lesão de forma precisa. “O que queremos nessa biópsia, é ratificar o tipo de lesão cerebral que o paciente tem. Então chamamos o patologista, dr. Roque Domingos Furian e, a partir do momento que tiramos fragmentos da lesão, ele já analisa sob microscopia para confirmar se é um tumor e possibilidades diagnósticas (tipos de tumores) para essa doença”, completa Giacomelli.

Dr. Richard Giacomelli, acompanhado dos colegas neurocirurgiões
Dr. Oscar P. Dall'Igna, Dr. Ivan Hack e Dr. Alcides Brandalise Junior

Diferenciais do Complexo Hospitalar Unimed Vale do Sinos
Atualmente, o Complexo Hospitalar Unimed Vale do Sinos é referência na região para este tipo de procedimento. “Temos o aparato necessário para fazer toda e qualquer modalidade neurocirúrgica de alta complexidade, especialmente a neuro-oncológica, conseguindo executar as neurocirurgias mais complexas, tanto no que diz respeito a equipamento neurocirúrgico e instrumental, materiais e o manejo pré, trans e pós-operatório”, explica Giacomelli. “Toda essa multidisciplinariedade nos permite discutir casos mais complexos com os colegas nas reuniões mensais do serviço de neuro-oncologia (Tumor Board), juntamente da equipe da oncologia, da radioterapia, a própria patologia que, inclusive nos auxilia em cirurgia, como também o neurorradiologista Dr. Ivo Maximiliano Strimitzer Junior. Ainda, temos a disponibilidade de uma UTI fantástica que conseguimos monitorizar o paciente neurocrítico de forma substancial, aliado aos métodos de imagem tecnológicos que temos de prontidão e de rápido acesso”, completa.