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História

O período dos descobri-

mentos, que teve início

no século 13, fez com

que os europeus conhe-

cessem mais sobre os

elementos da cultura

do extremo Oriente, in-

cluindo o chá. Em 1636,

a bebida tornou-se co-

nhecida na França e, em

1650, foi descrita como

um recurso aprovado por

todos os médicos. No sé-

culo 18, metade das lojas

de café da Inglaterra foi

transformada em casas

de chá, o que consolidou

sua popularidade.

O chá começou como medicamento

e se desenvolveu como be-

bida. Com essa frase, o estudioso japonês Kakuzo Okakura inicia O Livro

do Chá, publicado pela primeira vez em 1906. Simples e curta, a afirma-

ção abrange séculos de história, desde o uso para tratar males e doenças

até a apreciação para propiciar bem-estar. “O chá oferece um segundo

de paz no meio do dia, o que leva também a uma busca por qualidade de

vida”, resume Yuri Hayashi, especialista da Escola de Chá Embahú.

Chá ou infusão?

Antes de falar mais sobre o tema, é preciso diferenciar os chás das in-

fusões. O termo chá é empregado apenas para bebidas provenientes da

Camellia sinensis

, planta nativa do sul da China, conhecida por aliviar

a fadiga, satisfazer a alma e dar mais disposição. Em religiões orientais,

como Taoismo e Budismo, é comum utilizá-la em rituais e meditações.

Os exemplos mais comuns são o chá verde e o chá preto. As infusões, por

outro lado, referem-se à imersão dos outros tipos de folhas e ervas, como

camomila, jasmim e hortelã, na água quente.

A confusão dos termos chá e infusão está relacionada justamente com a

propagação da bebida. Assim que as ervas começaram a ganhar o mundo,

ficaram popularmente conhecidas como chás e esse engano passou de

geração para geração.

setembro 2015

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