SETEMBRO 2014
VEMVIVER
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FOTO: PÂMELA FERRARI
DE CORPO E ALMA
Antes de adotar, é fundamental que os pais se
preparem, inclusive psicologicamente, para re-
ceber a criança. Para o analista de responsabili-
dade social Almir Nostre de Oliveira, de 50 anos,
a notícia de que seriam pais adotivos de um me-
nino, após quatro anos de inscrição no CNA, foi
uma verdadeira surpresa. "Estava prestes a em-
barcar para um minicruzeiro no Nordeste com
a minha esposa quando soube que um bebê de
sete meses nos aguardava".
Nessas horas, é comum não saber o que fazer.
Ele explicou a situação e perguntou se poderia
visitar a criança no retorno da viagem, em três
dias. "Ao chegar, tivemos a certeza de que nosso
sonho seria realizado. Nosso pequeno Eduardo
estava dormindo e, ao acordar, nos recebeu com
um sorriso cheio de alegria".
Quando souberam da notícia, amigos e pa-
rentes do casal ajudaram com roupinhas, fral-
das, leite e outros cuidados. "Não tínhamos
experiência e passamos por duas insemina-
ções artificiais que não deram certo, então a
adaptação foi difícil. Sentimos falta de um
acompanhamento psicológico, mas consegui-
mos superar".
Hoje, o garoto está com seis anos e, a cada dia,
faz com que seus pais se sintam cada vez mais
especiais. Realizados, sentem que o fato do filho
não ter sido gerado por eles não tem a menor
importância. Eles até pensam em adotar mais
uma criança.
Para o analista de responsabilidade social, ter
a oportunidade de acompanhar a evolução de
um ser humano é maravilhoso. "Independente-
mente da forma como chega até você, o filho
tem a missão de completar a família. Os mo-
mentos são inesquecíveis e mesmo aqueles que
parecem obstáculos se transformam em verda-
deiros aprendizados", conclui.
"Independentemente da forma
como chega até você, o filho tem
a missão de completar a família"
Almir Nostre de Oliveira