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VOLVIMENTO

rativismo continua em expansão, o

que reafirma seu diferencial. “O in-

teresse não é o lucro concentrado,

mas a distribuição de resultados. Por

isso, estamos no mercado fazendo

negócios sem deixar, em segundo

plano, as questões sociais e as pes-

soas”, ressalta Ronaldo Scucato.

A SAÚDE VAI MUITO BEM

Minas Gerais é o segundo maior

estado brasileiro em número de

cooperativas. São quase 800 orga-

nizações, colocando-o atrás apenas

de São Paulo, com 1.105. Reunindo

1,3 milhão de cooperados e cerca de

Unimed Federação Minas

15

36 mil empregados, as cooperativas

mineiras têm, anualmente, partici-

pação de 6,4% no Produto Interno

Bruto (PIB) do estado e movimenta-

ção de R$ 32,9 bilhões.

A área da saúde destaca-se. De-

dicada à preservação e à promoção

da saúde humana, ela reúne mais

de 33 mil cooperados e quase 10

mil empregados, segundo dados da

Ocemg. “Sem dúvida, é um ramo

sólido e focado na qualidade de

vida das pessoas, demonstrando,

cotidianamente, os valores e prin-

cípios do cooperativismo”, afirma

Ronaldo Scucato.

Em Minas, as Singulares do Sis-

tema Unimed contribuem para que,

cada vezmais, pessoas tenhamacesso

aos serviços médicos, por meio de

uma rede ampla e comgrande capila-

ridade, chegando a lugares em que,

muitas vezes, empreendimentos foca-

dos no lucro não se interessam em

atuar. “Nomomento emque amaioria

do empresariado está segurando pro-

jetos e investimentos, entregamos um

hospital para apopulaçãodeGoverna-

dor Valadares e região. Conseguimos

fazer isso porque o foco do cooperati-

vismonão é o capital, mas as pessoas”,

finalizaMarceloMerghMonteiro.

Foi na Inglaterra, no século 19,

durante a Revolução Industrial,

que surgiu a primeira cooperativa

como empreendimento socioeco-

nômico. Buscando uma alternativa

para driblar as mudanças intro-

duzidas pelo capitalismo, 28 tece-

lões uniram forças e fundaram a

Sociedade dos Probos Pioneiros

de Rochdale, em 21 de dezembro

de 1844. De Rochdale, bairro da ci-

dade de Manchester, a pequena

cooperativa de consumo mudaria

os padrões econômicos da época,

colocando o homem, e não o lucro,

como principal finalidade.

No Brasil, a primeira organiza-

ção de que se tem registro é a So-

ciedade Cooperativa Econômica

dos Funcionários Públicos de

Ouro Preto, criada em 1889, na ci-

dade mineira. No início do século

20, surgiram as cooperativas de

crédito e as rurais.

DA EUROPA PARA OMUNDO