REVISTA VIVA
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riado pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) em 1948, o Dia Mun-
dial da Saúde, comemorado em 7 de
abril, tem o objetivo de conscientizar a popu-
lação sobre a importância de manter o corpo
em equilíbrio, além de estimular as pessoas a
se cuidarem. Em celebração à data, a Revista
VIVA lança o desafio: você saberia apontar qual
foi amaior mudança ocorrida nomodo de fazer
saúde ao longo dos anos?
Para o cirurgião oncológico e coordenador
da Unimed Oncologia, Guilherme Santos Cres-
po, a contribuição da tecnologia e da ciência
foi determinante para a evolução da Medicina.
"O avanço tecnológico no diagnóstico, as
cirurgias menos invasivas e até mesmo as no-
vas modalidades de terapia se destacam nesse
novo cenário. Além disso, não podemos deixar
de citar a parte farmacológica, que avançou
consideravelmente na pesquisa e no desenvol-
vimento demedicamentos para várias doenças
como a Aids e o câncer. Mas nada substitui o
cuidado." Explicou.
Em 20 anos, a medicina evoluiu considera-
velmente, como aprimoramento de técnicas de
diagnóstico e de tratamento, o que beneficiou
pessoas e salvou vidas. A cliente Rose Ramaldes
foi uma delas. A restauradora de livros, hoje
com61 anos, foi uma das pessoas que acompa-
nhou esse processo de evolução, pelomenos do
ponto de vista cardiológico.
Nascida com um problema congênito grave
no coração, ela só foi diagnosticada aos 10 anos,
quando ouviudomédico que não sobreviveria se
não passasse por uma cirurgia e que, mesmo as-
sim, dificilmente passaria dos 20 anos de idade.
A cirurgia era tão complexa na época que só
era oferecida empoucos centros especializados
do Brasil. "Aos 14 anos, fui encaminhada ao Rio
de Janeiro, pelo SUS, para fazer o procedimento.
Completei 15 anos dentro do hospital, sozinha,
longe da família, e vi vários dos meus acompa-
nhantes de quarto irem para a mesma cirurgia
e não voltarem com vida. Mas eu consegui",
comemora.
Atualmente, o mesmo procedimento é
realizado por cateter sendo que na época a
cirurgia era de peito aberto, o que resultou
em mais de cem pontos, cicatrizes e lenta
recuperação. Além disso, como consequência
do procedimento ela desenvolveu arritmia
Rose Ramaldes
acompanhou as melhorias
na medicina ao tratar um
problema no coração
Para Guilherme
Crespo a tecnologia
foi fundamental para a
evolução da medicina