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Os alimentos típicos de cada região

Os alimentos típicos de cada região

Ingredientes de sabores peculiares e alto valor nutricional enriquecem a culinária brasileira de Norte a Sul. Conheça alguns desses alimentos e seus benefícios

Os alimentos típicos de cada região

17 Abril 2019

Valorizar a culinária regional deixou de ser apenas uma questão cultural, mas de saúde e economia. Afinal, muitos desses alimentos, além de saborosos e versáteis, fazem um bem danado à saúde e ainda colaboram para a economia local, pois valorizam o pequeno agricultor.

São tantos sabores espalhados por cada região do País, que vale a pena conhecê-los, ou ainda, saboreá-los com mais frequência no cardápio. Pensando em suas características nutricionais e formas de consumi-los, selecionamos alimentos de cada região do País, incluídos no Guia de Alimentos Regionais Brasileiros, do Ministério da Saúde. Conheça mais da rica cultura alimentar brasileira:

 

 

Norte

 

 

Açaí

Fruto da região amazônica, mas que ganhou fama nacional exatamente por sua versão doce no Sul e no Sudeste, embora no Norte ele seja consumido na forma de caldos. O açaí é considerado um alimento de grande valor nutricional por ser rico em fibras, antocianinas, minerais como cálcio e potássio e ácidos graxos essenciais. Com isso, ele auxilia na saúde imunológica, neurológica e intestinal.

Como consumir: a polpa pode ser utilizada na preparação de sobremesas, sucos, vinhos, licores ou sorvetes. Os nativos extraem a polpa, que é consumida em forma de caldos, pura ou acompanhada de farinha de mandioca ou tapioca e também com peixe assado ou camarão seco.

 

Castanha-do-pará

Fruto da castanheira, as castanhas são boas fontes de gorduras insaturada e proteína. Isso quer dizer que a gordura boa das castanhas, além de ser benéfica para o coração, já que aumenta o colesterol bom (o LDL), ainda é rica em selênio, um mineral essencial para o bom funcionamento do corpo e que também previne o Alzheimer.

Como consumir: fresca ou assada, é ingrediente na composição de inúmeras receitas de doces e de salgados. Para trazer benefícios à saúde, basta uma unidade por dia.

 

 

Nordeste

 

 

Acerola

A polpa é carnosa, suculenta, com sabor ácido e de cor alaranjada. A fruta ganha destaque pelo seu reconhecido valor nutricional, em especial pela vitamina C. Você sabia que o elevado teor dessa vitamina C, em algumas variedades, alcança até 5 mil miligramas por cem gramas de polpa? Esse índice chega a ser cem vezes maior que o da laranja. A fruta também é fonte de vitamina A, ferro, cálcio e vitaminas do complexo B, como tiamina, riboflavina e niacina.

Como consumir: tanto in natura como industrializada. Da polpa são produzidos sucos, sorvetes, geleia, xaropes, licores e doces em calda.

 

Coco

Da polpa madura extrai-se o óleo, que, por ser mais rico em gordura saturada, aproxima-se das características da gordura animal, e o leite de coco, que apresenta alto teor de gorduras, sais minerais (como potássio e fósforo) e proteínas. A água de coco apresenta sabor adocicado e refrescante, sendo um excelente isotônico natural.

Como consumir: a polpa pode ser utilizada in natura e em inúmeras receitas, doces e salgadas.

 

 

Centro-Oeste

 

 

Milho verde

É rico em carboidratos, sendo assim um alimento energético. Também é fonte de óleo e fibras. Além do milho verde comum, existem variedades denominadas milho doce, que têm sabor mais adocicado devido ao maior teor de açúcares. O milho verde pode ser comprado na espiga, com ou sem palha. Os grãos devem estar bem desenvolvidos, porém, macios e leitosos. Ao comprar com a palha, ela deve apresentar com aspecto de produto fresco e cor verde viva.

Como consumir: o milho verde é muito consumido cozido ou assado na espiga, na forma de pamonha, curau e mingau. Mas pode ser ingrediente de pratos salgados, como sopas, cremes, suflês, pães, refogado com temperos, como recheio para qualquer prato, em bolinhos, farofas e saladas. Como sobremesa, pode ser usado em bolo, sorvete, cozido com mel, pudim e creme. O milho novinho, ainda em formação, pode ser preparado com carne, em sopas e cozido.

 

Pequi

De todos os frutos nativos do cerrado, o pequi é o mais consumido e comercializado. Ele é do tamanho de uma maçã e possui uma casca verde. No interior existe um caroço revestido por uma polpa comestível amarela e macia. Essa polpa tem o dobro de vitamina C de uma laranja e é rico ainda em vitaminas A, E e carotenoides. Esses fatores fazem do pequi um aliado no combate ao envelhecimento e na prevenção às doenças associadas à visão. Sob a polpa há uma camada de espinhos finos e por baixo deles uma amêndoa macia e saborosa. Ela é utilizada na fabricação do óleo de pequi, que além de famoso, possui ação anti-inflamatória, cicatrizante e gastroprotetora.

Como consumir: muito utilizado na culinária regional em pratos como o famoso arroz com pequi, ou ainda como tempero, em conserva, em dois tipos de óleos (um retirado da polpa, que substitui o óleo de cozinha; e o outro da amêndoa, sendo utilizado em cosméticos), e como matéria-prima na produção de licores, sorvetes e até ração para animais.

 

 

Sudeste

 

 

Abacate

De sabor suave, é um fruto macio e carnudo. Sua polpa cremosa, verde-amarela, é basicamente constituída por ácidos graxos não saturados, ou seja, gordura do bem; e ácido oleico, uma substância considerada ideal para a manutenção da saúde do coração. Ou seja, ajuda a prevenir e a combater o triglicérides e o colesterol ruim (LDL). Além disso, é rico em fibras que ajudam no bom funcionamento do intestino. Porém, por ser muito calórico, a recomendação é que se consuma uma pequena porção da fruta por dia.

Como consumir: por suas qualidades e extrema suavidade ao paladar, é uma fruta muito versátil, podendo ser utilizada em variadas receitas, de vitaminas e sobremesas a salgadas, como o guacamole.

 

Agrião

É uma hortaliça folhosa e boa fonte de vitaminas e minerais, tais como as vitaminas A, B6, B12 e C, ácido fólico, ferro, magnésio e fósforo. De sabor único e levemente picante, o agrião também é muito utilizado no tratamento de doenças do sistema respiratório.

Como consumir: o agrião pode ser consumido cru, em saladas, sanduíches e sucos, ou mesmo cozido, refogado, em sopas, molhos, pães, bolos, entre outros pratos. Os talos podem ser utilizados em sopas, misturados ao arroz e ovos batidos.

 

 

Sul

 

 

Almeirão

É uma hortaliça do tipo folha, de sabor amargo. É muito cultivado pela colônia italiana um tipo de almeirão chamado comumente de radicchio. O almeirão é uma asterácea, verdura da mesma família da chicória, do alface, do dente-de-leão e da serralha. Fornece vitaminas A, C e do complexo B, além de ser boa fonte de fósforo e ferro.

Como consumir: o almeirão pode substituir hortaliças como a couve, o espinafre e a chicória no preparo de pratos quentes ou em saladas. As folhas inteiras ou rasgadas são refogadas em óleo de cozinha ou azeite e temperadas com sal, alho e pimenta a gosto. Também pode ser preparado com feijão, arroz, grão-de-bico, soja, lentilha e como recheio de bolinhos, tortas e sanduíches. As folhas podem ser consumidas cruas em saladas, picadas bem fininhas e temperadas a gosto.

 

Pinhão

Fruto da árvore araucária, o pinhão é um alimento rico em calorias, e por isso pode ser usado para ajudar no aporte calórico tanto de atletas como de crianças e adolescentes em fase de crescimento. Rico em fibras, previne doenças intestinais. O pinhão é composto por vários minerais, como cobre, zinco, manganês, ferro, magnésio, cálcio, fósforo, enxofre e sódio, mas merece destaque no fornecimento de potássio, mineral que ajuda a controlar a pressão arterial. Ele também é rico em ácidos graxos linoleico (ômega 6) e oleico (ômega 9), que contribuem para a redução do colesterol no sangue.

Como consumir: as duas maneiras mais conhecidas de se cozinhar as sementes da araucária são na brasa e na água. Mas existem muitas outras formas de saborear esse alimento, dos aperitivos às sobremesas, passando por carnes de panela e farofas.

 


Texto: Fabiana Gonçalves | Edição: Thaís Guimarães de Lima | Design: Alex Mendes e Fernanda Assato

Fonte: Guia de Alimentos Regionais Brasileiros, Saúde Brasil Portal, Embrapa e Cerratinga

Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.


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