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A hora do desmame

A hora do desmame

O fim da amamentação pode ser uma fase desafiadora e o ideal é que ocorra de forma natural. Entenda quando e como fazer o desmame

A hora do desmame

14 Janeiro 2019

A amamentação é um momento especial para mães e bebês. Além de garantir às crianças os nutrientes necessários para o desenvolvimento infantil, colabora para a formação do sistema imunológico e favorece o aumento do vínculo mãe e filho.

De acordo com a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o período ideal do aleitamento materno exclusivo é até os seis meses de idade do bebê. Já a amamentação prolongada deve ocorrer até os dois anos da criança.

Mas, por mais prazerosos que sejam esses momentos, chega uma hora em que esse estágio entra na reta final e ocorre o período de desmame, que é considerado pela Sociedade Brasileira de Pediatria como uma das etapas do processo de amamentação. A principal orientação para passar por essa fase sem traumas, tanto para o bebê, quanto para a mãe, é que ela ocorra de forma gradual. Veja algumas dicas:

 

O momento certo

Assim como a criança aprende a sentar, engatinhar, andar e falar, desmamar também é algo que fará parte do aprendizado dela. Não existe uma regra única sobre o momento ideal do desmame. Há casos em que a criança perde o interesse pelo peito ou mesmo prefere outras alternativas na alimentação. Acontece também de a rotina profissional da mãe interferir. A recomendação dos especialistas é que o desmame ocorra de forma natural ou, se for intencional, a dica é que seja gradual.

 


Evite períodos de outras mudanças

Se a mãe estiver segura de sua decisão, o processo de desmame requer uma certa estratégia. Uma delas é garantir que ele não ocorra ao mesmo tempo que outras mudanças que impactam a rotina da criança, como a retirada das fraldas, a chegada de um irmão ou uma mudança de endereço.

 

 

Evite o desmame abrupto

Deixar de dar o leite materno definitivamente de uma só vez não é recomendado pelos pediatras, principalmente pelo fato de que a brusca ruptura pode gerar na criança um sentimento de insegurança e rejeição. Para a mãe, também causa prejuízos. A interrupção drástica pode causar problemas como mastite e ingurgitamento mamário, que é o acúmulo de leite nas mamas causando dor e aumento do volume, e até depressão. A redução gradativa das mamadas faz com que a produção de leite diminua naturalmente. Nos primeiros dias do desmame, a orientação é ordenhar as mamas se houver excesso de alimento, mas não retirar todo o leite, para não estimular uma alta produção.

 

Diurno x noturno

Com a introdução de outros alimentos como frutas, papinha e sucos na alimentação do bebê, é natural que a oferta do seio se torne mais espaçada. Se a criança não demonstrar desinteresse pelo leite da mãe, o desmame pode ocorrer por períodos. Geralmente o diurno é feito primeiro, com a substituição por sucos, frutas e, quando a criança é maior, até por lanchinhos completos nos intervalos das refeições. O desmame noturno vem depois.

 

Participação das crianças maiores

Nos casos em que as crianças já são maiores, se comunicam bem e têm um nível de compreensão maior, é possível conversar com elas, dizer que está na hora de fazer a substituição do leite do peito por um leite no copinho. Se a criança insistir em mamar, a dica dos pediatras é distraí-la com brinquedos, músicas e até a mudança de ambiente naqueles momentos em que elas mamavam. Paciência é fundamental.


Texto: Karina Fusco | Edição: Thaís Guimarães de Lima | Design: Alex Mendes

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria, Ministério da Saúde, Academia Americana de Pediatria e Organização Mundial da Saúde

Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.


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