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Amamentação na volta ao trabalho

Amamentação na volta ao trabalho

Conheça os direitos da lactante e como organizar a amamentação após retornar às atividades profissionais

Amamentação na volta ao trabalho

1º Agosto 2018

 

Quando a licença maternidade chega ao fim, é hora de muitas mães organizarem o retorno ao trabalho. Esse período costuma gerar insegurança seja pela decisão de quem cuidará do bebê ou pela dúvida se ele estará seguro sem a mãe. Mas há também um medo que costuma tirar o sono de muitas delas: como manter a amamentação mesmo trabalhando fora de casa?

O leite materno é essencial para a saúde do bebê, pois fornece todos os nutrientes necessários para o seu crescimento e desenvolvimento saudável. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e como alimentação complementar até os dois anos ou mais. Apesar de parecer difícil, com um pouco de organização é possível sim manter a amamentação.

 

Produção de leite

Quanto mais o bebê mama, mais leite a mãe terá para oferecer. Portanto, para manter a produção de leite é importante esvaziar as mamas em horários regulares enquanto estiver longe do bebê. Dessa maneira, é possível estimular a produção e também armazenar leite para ser consumido posteriormente.

Outra dica é solicitar a ajuda de um familiar para que leve o leite até a criança. O leite excedente pode ainda ser doado para um banco de leite e ajudar a alimentar bebês de mães que não podem amamentar. A retirada do leite deve ser feita em local adequado, próprio para essa finalidade, ou seja, com conforto, higiene e segurança para armazenamento.

 

Armazenamento adequado

Para que o bebê tenha leite suficiente durante o período em que estiver fora de casa, 15 dias antes de retornar ao trabalho inicie a retirada do leite. A ordenha pode ser feita manualmente ou com o auxílio de bombas manuais ou elétricas.

O armazenamento deve ser feito em recipiente de vidro, esterilizado, com tampa plástica e resistente ao calor. Os potes devem ser identificados com a data de quando o alimento foi coletado. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o leite pode ficar 12 horas na geladeira ou 15 dias no freezer ou congelador. Ao retirar do freezer, o leite deve ser aquecido em banho-maria fora do fogo. Após descongelado, ele só pode ser mantido na geladeira por até 24 horas. A sobra deste leite deve ser descartada e não pode ser congelada novamente. A entidade também não recomenda o uso de mamadeiras, mas sim de copo ou colher.

Algumas empresas dispõem de sala de amamentação, um local preparado exclusivamente para as mães fazerem a retirada e armazenamento do leite. Ao transportá-lo, use caixa térmica e, para maior segurança, congele o leite antes do transporte.

 

DIREITOS DA LACTANTE

As leis trabalhistas garantem à mulher alguns direitos importantes. Conheça alguns deles.

 

1. Licença maternidade

As empresas que participam do Programa Empresa Cidadã adotam a licença maternidade de seis meses, o que facilita a amamentação exclusiva durante os seis meses recomendados pela OMS. As demais empresas são obrigadas a conceder 120 dias (quatro meses) de licença maternidade.

 

2. Intervalos durante a jornada de trabalho

Mulheres que trabalham com carteira assinada têm direito a dois intervalos de 30 minutos no dia para amamentar. Algumas empresas flexibilizam esse horário permitindo a entrada uma hora mais tarde ou saída uma hora mais cedo.

 

3. Creches ou berçários

As empresas nas quais trabalham ao menos 30 mulheres acima de 16 anos devem ter local apropriado para manter os filhos, sob vigilância e assistência, durante o período de amamentação. Os empregadores também podem adotar o reembolso-creche, em substituição à exigência de creche no local de trabalho, ou firmar convênio com instituição próxima.

 
 

Texto: Jailde Barreto / Design: Alex Mendes e Gustavo Deip

Fonte: Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)

Conteúdo aprovado pelo responsável técnico-científico do Portal Unimed.


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